História do Check-Up Neurológico

O que é o Check-Up Neurológico e Porque Vale a Pena Realizá-lo

Se você quer saber o que é o Check-Up Neurológico e porque vale a pena realizá-lo, fique até o final deste artigo, porque o Dr. Willian Rezende do Carmo, médico neurologista, fundador da Clínica Regenerati e que no seu canal do YouTube fala sobre Dor, Sono, Parkinson, Emoções, Neurologia Geral e Neurociências, vai explicar sobre isso.

História do Check-Up Neurológico

O check-up neurológico é algo novo ou relativamente novo, e como as pessoas estão vivendo cada vez mais, torna-se importante na vida de todo mundo. E para entendermos, ele vem de um paralelo do check-up cardíaco, em que desde o final dos anos 80, os cardiologistas conseguiram convencer a humanidade de que fazer check-ups periódicos da parte cardiocirculatória, ou seja, do pescoço para baixo, faz com que as pessoas vivam mais.

E funcionou, porque elas fazem regularmente e de maneira muito normal e habitual para verificar pressão, ritmo cardíaco, teste ergométrico, um eco do coração etc. E fazendo isso, conseguiu-se reduzir o número de mortalidade, de doenças e complicações de doenças cardiovasculares de uma maneira absurda.

Agora, em pleno século 21, já que as pessoas não estão morrendo mais do coração, torna-se importante realizar o check-up neurológico para que não padeçam das doenças neurológicas.

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O que se Busca com um Check-Up Neurológico?

O que vamos buscar no check-up neurológico são as patologias neurológicas que possamos fazer diagnósticos para modificá-las ou para conviver com elas. Por exemplo, se uma pessoa tem deficiência de vitamina B12, fazemos o diagnóstico, tratamos e pronto, resolvemos. Você modificou a história natural de uma doença neurológica e de uma causa de demência.

Se a pessoa tem TDAH, isso não vai embora, ela vai conviver com a condição, mas vai poder não sofrer com os danos e as consequências da patologia e, assim, ter um desfecho diferente no futuro.

E o que pode ser descoberto em um check-up neurológico, o que podemos ver? Podemos ver o risco de uma pessoa ter um AVC; por exemplo, baixo fluxo sanguíneo cerebral; questão de tumores cerebrais; anomalias vasculares no cérebro; aneurismas não rotos, porque o aneurisma, o importante é diagnosticarmos antes dele se romper, não depois que já está rompido.

Podemos fazer os diagnósticos de crises epilépticas sutis; apneia do sono; fragmentação do sono; de outras patologias do sono; epilepsias do sono; sono de baixa densidade de ondas lentas e sono profundo; podemos fazer diagnósticos de TDAH; autismo ou espectro autista; comprometimento cognitivo leve, que é o pré-Alzheimer; depressão e ansiedade não diagnosticados tão claramente, e até mesmo do risco de ter um Alzheimer ou um Parkinson.

Quando é Indicado o Check-Up Neurológico?

O check-up neurológico é indicado conforme o serviço. A Academia Americana de Neurologia faz uma recomendação para que todo indivíduo acima de 60 anos faça rastreios neurológicos periódicos, mas não há um consenso do que deve compor exatamente esse check-up ou como deve ser feito.

Como não há um consenso ou uma obrigatoriedade, aqui na Clínica Regenerati fazemos da seguinte maneira: em pessoas entre 55 e 65 anos, nós recomendamos um check-up a cada cinco anos.

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E em pessoas acima de 65 anos, a cada três anos ou para toda pessoa que tem alguma queixa grave e importante, por exemplo, de memória, alguém que está tendo algum distúrbio amnéstico, que esteja com dificuldade de lembrar as coisas e seja de uma maneira muito significativa e mesmo que seja abaixo de 55 anos, fazer o check-up neurológico também.

Você que está acompanhando o artigo, escreva nos comentários o que está achando do check-up neurológico e qual é a sua percepção, se conhece alguém que possa ter interesse ou não.

Eu tive uma paciente que foi muito interessante. ela veio no meu consultório, tinha 54, 53 anos de idade, jovem, e com muita dificuldade de memória, tipo, não conseguia se acertar, errou o endereço do prédio e a hora da consulta, teve que agendar de novo e vir com outra pessoa para garantir que chegasse aqui.

Tinha muita dificuldade de informar as coisas, errou o dia da semana, o mês, a hora, não sabia quem era o Presidente, eu estava com medo de que fosse uma demência, preocupado que fosse uma síndrome demencial, o que não é comum abaixo de 55 anos de idade.

Eu fiz um check-up neurológico nela e descobri um compêndio de patologias que estavam afetando a cognição dela: estava desnutrida, tinha deficiência de vitaminas B12 e B9, não fazia transformação do ácido fólico em metilfolato, estava depressiva, com privação de sono e apneia do sono, e ainda assim tinha pequenas crises sutis epilépticas.

Com esse tanto de patologias juntas, isso causa um dano na memória da pessoa que parece estar demente. E com todas as patologias tratadas, ela voltou a ter memória plenamente normal, voltou a viajar, fazer as coisas dela e ficou tranquila e ótima.

Em que Consiste o Check-Up Neurológico?

Fazendo paralelo com um check-up cardíaco, na parte de imagem do coração, estuda-se o mesmo com o ecocardiograma, uma ressonância cardíaca ou até mesmo com uma angiotomografia coronária. No cérebro, estudamos com uma ressonância localizada, com o NeuroQuant, um software que faz a métrica do volume de estruturas do cérebro e compara com a de outras pessoas do mesmo sexo e idade, e vê em qual percentil a pessoa está.

“Ah, eu estou no percentil 80”, beleza, o volume do seu hipocampo está grandão, super bom. “Ah, o percentil está 25”, eita, vamos prestar atenção, seu hipocampo está menor do que a grande maioria das pessoas. E serve para um comparativo ao longo do tempo.

Fazemos também o uso do ultrassom do cérebro, do parênquima cerebral, ele dá informações a respeito da Doença de Parkinson, do TDAH, dos distúrbios do sono, do toque e de outras patologias mais, informações que a ressonância não fornece. Então, em um check-up neurológico de imagem, usamos a ressonância com o NeuroQuant e ultrassom transcraniano do cérebro.

Na parte eletrofisiológica cardíaca, a pessoa faz um holter cardíaco, em que põe os eletrodos e ela fica mais do que um dia com aquilo pregado no peito, e o mapa, que põe no braço para ficar medindo a pressão de 15 em 15 minutos ao longo de um dia inteiro.

Na parte neurológica, a parte eletrofisiológica é o eletroencefalograma do cérebro, em que põe vários eletrodos para fazer o estudo eletrográfico do cérebro, é como se fosse o eletro do coração. E a polissonografia, que é o exame do sono, em que também estudamos vários parâmetros fisiológicos do cérebro e do corpo ao longo da noite.

Da parte funcional cardíaca é o teste ergométrico, em que põe a pessoa para correr com o objetivo de ver o tanto que o coração consegue trabalhar. E / ou a cintilografia cardíaca, em que a coloca em um aparelho de medicina nuclear, põe o medicamento para forçar o coração a trabalhar mais e ver qual é a resposta que o órgão tem daquela forma.

O teste funcional neurológico é o do Doppler transcraniano, com reserva vascular, no qual mede qual é a reserva vascular que aquele cérebro possui, se tem resistência vascular aumentada, alguma obstrução, se tem microêmbolos, coisas do tipo.

Na avaliação neuropsicológica completa são vários testes que o neuropsicólogo aplica para mensurar o QI da pessoa, a memória de curto prazo, de longo prazo, as capacidades de aprendizado e raciocínio, a acurácia de raciocínio, flexibilidade de raciocínio, capacidade inibitória, testes de personalidade, de emoção e assim por diante.

Na verdade, faz uma análise, em vários aspectos, da função cerebral, em que a pessoa é colocada, tem o resultado que é plotado em um gráfico corrigido para sexo, idade e escolaridade. E, assim, a pessoa pode estar no percentil 80, 50 ou com tudo normal, um diagnóstico de normalidade, ou de uma anormalidade pontual.

Por exemplo, se a atenção da pessoa deu percentil 30, opa, ela está com déficit de atenção; a capacidade inibitória deu 10, não tem nada de inibição, é toda desinibida e assim por diante. E pode ser tudo normal e acompanhar: “ó, em um ano deu percentil 80 em tudo, no outro deu 75 em tudo”, ok, uma evolução normal. “Ah, em um ano deu percentil 80, no outro deu 50”, opa, vamos ver o que está acontecendo.

E temos também os exames laboratoriais que são muito parecidos com a parte cardíaca com uma pouca diferença que na rotina neurológica pedimos comumente alguns exames que não são tão comuns na parte cardíaca.

Assim como igualmente temos os testes genéticos; na parte cardíaca, vai ver em relação a propensão a colesterol alto, hipertensão, infarto e tal. Da parte neurológica, vemos propensão a doenças psiquiátricas e psíquicas, depressão, de resposta inadequada ao estresse, dificuldade farmacológica de algum aspecto ou também alguns genes, pois ainda não temos todos disponíveis comercialmente para propensão a risco de Alzheimer ou Parkinson.

Esse é o check-up neurológico, que fazemos de maneira individualizada, para cada cliente, e de acordo com cada necessidade.

E se você que está lendo o artigo gostou do conteúdo e conhece alguém que talvez valha a pena fazer um check-up neurológico, envie o link a ele. E dê aquele like, dê aquele joia, e compartilhe, pois conhecimento, quanto mais compartilhado, melhor para todos.

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