Medicamentos para TDAH

Como Tratar o TDAH e os Principais Medicamentos para TDAH

Se você quer saber sobre Medicamentos para TDAH, quais são os riscos e como utilizá-los, fique neste artigo, porque o Dr. Willian Rezende do Carmo, médico neurologista, fundador da Clínica Regenerati e que no seu canal do YouTube fala sobre Dor, Sono, Parkinson, Emoções, Neurologia Geral, TDAH e outros mais problemas dos pacientes, vai abordar sobre isso.

Medicamentos para TDAH

Neste artigo, vamos explicar sobre TDAH, como é feito o diagnóstico, os medicamentos, como os estimulantes, inibidores de recaptação de noradrenalina e antidepressivos.

Antes de mais nada, escrevam nos comentários o que vocês entendem de TDAH, o que acham dessa patologia? Tem quem até mesmo duvide que exista e, às vezes, também não compreenda que é uma patologia que tem em adultos.

O que é TDAH?

TDAH é uma patologia que, por definição, é um Transtorno de Déficit de Atenção e / ou Hiperatividade. Nos seus sintomas principais tem que ter o déficit de atenção e / ou a hiperatividade.

A pessoa pode ter a forma desatenta, em que é fundamentalmente mais desatenta, tem a forma hiperativa, que é aquela pessoa hiperativa, ou tem a mistura, em que é desatenta e ainda hiperativa.

Ela é uma doença fundamentalmente genética, transmitida e que começa a se manifestar já desde os primeiros anos de vida e não é uma patologia somente das crianças, também surge ao longo da vida adulta – normalmente, surge já na infância, se desenvolve e permanece ao longo da vida adulta. Ela vai se modificando com o tempo, mas permanece.

Diagnóstico do TDAH

O diagnóstico do TDAH é feito primeiramente pelo médico com testes de rastreio clínico, são questionários autoaplicáveis que o paciente responde e, com isso, dá uma pontuação base para poder ter uma noção se tem risco ou não de ter TDAH.

Obviamente, a pessoa tem que apresentar alguma queixa relacionada à desatenção, hiperatividade ou ambos. Ou queixas como não conseguir completar tarefas, deixar as coisas todas pela metade, perder objetos etc.

Quando ela apresenta essas queixas, o médico aplica um questionário para rastreio de sintomas de TDAH – o questionário vindo positivo, o médico solicita exames, sendo os principais a avaliação neuropsicológica e o ultrassom transcraniano.

Na avaliação neuropsicológica, o neuropsicólogo aplica testes que vão mensurar as capacidades de atenção da pessoa, memória (visual, auditiva, verbal), flexibilidade mental, inibitória, várias características que estão relacionadas ou não ao TDAH. E no final, com o conjunto de características do que ela teve de pontuação, o neuropsicólogo diz se está compatível ou não o diagnóstico com o TDAH.

Além disso, tem o biomarcador, um ultrassom transcraniano, que serve para mostrar que tem um aumento da área da substância negra correlacionado com inatenção ou déficit de atenção a longo prazo, que é permanente, ou seja, está correlacionado com o TDAH.

Obviamente, o médico também deve excluir outras patologias, como hipotireoidismo, deficiência de vitaminas, queixas de esquecimento, igualmente tem que ser excluída alguma atividade epiléptica ou patologias mesmo do sono – se não está dormindo bem, ela fica desatenta.

Tipos de Medicamentos

Os medicamentos para o TDAH são divididos em três grandes grupos, que são os estimulantes, inibidores da recaptação de noradrenalina e antidepressivos.

Antes de mais nada, se você estiver gostando deste artigo, escreva nos comentários o que está achando sobre o TDAH.

Estimulantes

Os estimulantes são de dois grupos, o do metilfenidato e das anfetaminas, têm várias apresentações, tanto um quanto outro são medicamentos de primeira linha para o tratamento do TDAH.

Dos metilfenidatos, por exemplo, têm de liberação:

  • Imediata: com comprimidos de 10 mg, tem vários no mercado, um dos exemplos mais típicos é a Ritalina, mas não só ela. Ele tem uma duração de efeito mais ou menos de 4 horas, que começa em aproximadamente 30 minutos e pode chegar a uma dose máxima de 60mg / dia;

Por exemplo, uma pessoa que precisa ter um efeito de 12 horas ao longo do dia de trabalho, de atenção, pode tomar até no máximo 2 comprimidos de 10 mg de manhã, 2 ao meio-dia e mais 2 antes do final da tarde, que assim cobre 12 horas ao longo do dia e tem a dose máxima que é 60 mg / dia. Normalmente, ela não precisa chegar nesse tamanho de dose e tem uma vantagem que é o menor custo dos medicamentos estimulantes.

  • Prolongada: ou liberação osmótica é feita por uma cápsula, em que o líquido entra e vai tirando devagarinho o medicamento de dentro da cápsula. Isso faz com que dure mais o efeito ao longo do dia. Tem apresentações de 18 mg, 36 mg e 54 mg. A duração do efeito vai mais ou menos de 10 a 12 horas e o início dele é mais ou menos entre 30 minutos e 1 hora. A dosagem máxima por dia são 72 mg, ou seja, pode usar de 18 mg até 72 mg / dia;
  • Modificada: tem medicamentos de 10 mg, 20 mg, 30 mg e 40 mg, são chamados metilfenidatos LA, têm várias marcas, mas, normalmente, tem o LA que é relacionado à liberação modificada. Eles duram de 8 a 12 horas e podem chegar na dose máxima de 100 mg / dia, ou seja, pode usar até 2 comprimidos de 40 mg e mais um de 20 mg.

No Brasil, não temos mais anfetamina de liberação imediata, porque teve muito abuso delas no passado, muitas pessoas usando de maneira indevida para emagrecer ou fazer motoristas de caminhão ficarem dirigindo por tempo indeterminado.

Mas temos uma anfetamina que é de liberação prolongada, uma pró-droga, que no corpo vai ser metabolizada e virar uma anfetamina. O nome dela é lisdexanfetamina, que tem como apresentação comercial o Venvanse ou o Juneve, tem nas doses de 30 mg, 50 mg e 70 mg, uma duração de efeito de cerca de 10 horas e a dosagem máxima é de 70 mg / dia.

E pode acontecer o famoso “Venvanse Crash”, que é quando a pessoa tem um metabolismo mais rápido e, às vezes, com 6 horas cai o efeito bruscamente. Ela está bem, animada, estimulada e… cai.

Nesses casos, particularmente, acabo dividindo a dose: às vezes, em vez de aumentar só pela manhã, eu dou, por exemplo, 30 mg de manhã e 30 mg às 14h, durando mais ou menos 6 horas do efeito, dá para cobrir o dia em 12 horas, que é o tempo mais produtivo de uma pessoa.

Em relação à eficácia dos medicamentos estimulantes, já tem eficácia comprovada, cientificamente por meio de vários estudos e até meta-análises, que mostram que os estimulantes reduzem em cerca de 40% os sintomas do TDAH, especialmente os de inatenção e comportamento nas tarefas comparados ao placebo.

Comportamento na tarefa é se a pessoa tem uma tarefa mais chata, mais prolongada, que tem que ter início, meio e fim, e tem maior chance de terminá-la, e tem mais chance de ficar atenta durante o processo – isso teve uma melhora dos sintomas de 40% nos sintomas de TDAH em relação a quem usou o placebo nos testes.

Igualmente tem, em adulto, uma leve eficácia das anfetaminas em relação ao metilfenidato, mas não impede, é intercambiável, um pode ser usado no lugar do outro de maneira normal.

Também tem outros estudos mostrando que em uma meta-análise houve uma redução de cerca de 40% do risco da pessoa ter colisões / acidentes de trânsito ao dirigir – o paciente TDAH, normalmente, é mais impulsivo, acaba tomando mais riscos, fica mais desatento e acaba tendo mais colisões e acidentes no trânsito. E os TDAHs que utilizaram medicamentos estimulantes em comparação a quem não os usou tinham 40% menos risco de acidentes.

Em relação à duração da eficácia do medicamento a longo prazo, três estudos, pelo menos já com metilfenidato, mostraram que permanece fazendo efeito há pelo menos um ano de uso e da mesma maneira.

Tem outros mostrando que também o uso das anfetaminas também permanece ao longo do tempo, em cerca de um ano ou mais, com a mesma eficácia, mantendo a mesma dosagem.

Então, pacientes que, às vezes, têm uma percepção de queda na energia / euforia que têm com o medicamento no início do tratamento, percebem isso. Mas o que importa é que os sintomas quantificados nos testes próprios para TDAH continuam sendo controlados.

Eu mesmo utilizo a lisdexanfetamina e percebi que, no início, quando você toma, fica bem mais animado, com mais energia, vai cumprir todas as tarefas porque dá uma diferença muito grande entre sem tratamento para você tratar.

Essa energia cai, é indiscutível, mas os principais sintomas do TDAH, como a inatenção ou capacidade de cumprir tarefas, o comportamento durante as tarefas, continuam tendo benefícios a longo prazo e com a mesma dosagem.

Eu, por exemplo, já estou tomando a dose de 30 mg há muito tempo e quando cheguei na dose de 70 mg, não foi benéfico, acabei tendo mais efeitos colaterais e sentia muito quando o remédio caía do corpo, saía, quando acabava o efeito, eu ficava muito ‘prostradão’, e isso era muito ruim. Achei muito melhor a dose de 30 mg que mantinha com a mesma eficácia, me mantinha bem e não sentia essa sensação da queda relacionada ao fim do efeito do medicamento.

Em relação aos efeitos colaterais dos estimulantes, de maneira geral, são poucos e, normalmente, bem tolerados. Em uma meta-análise, apenas de 5% a 10% dos pacientes pararam de tomar medicamentos estimulantes devido aos seus efeitos colaterais. Então, é uma taxa baixa daqueles que acabam deixando de tomar os medicamentos estimulantes por conta de efeitos colaterais.

Os efeitos colaterais são, por exemplo, psicose, que pode ocorrer, mas principalmente em quem já teve um quadro antes ou apresenta uma vulnerabilidade para a psicose, como esquizofrenia, transtorno de personalidade esquizóide ou até mesmo bipolaridade não tratada, porque quando a trata, pode receber estimulantes sem maiores riscos.

Efeitos cardiovasculares, em que há um leve aumento na frequência cardíaca quando a pessoa inicia o tratamento, no máximo de 10 bpm – se tinha uma frequência de 80 bpm, vai para 90 bpm, por exemplo. Mas até isso melhora ao longo do tempo. Quanto mais tempo ela vai utilizando, mais o coração volta à sua frequência cardíaca basal.

Em uma meta-análise com cerca de 270 mil pacientes, foi visto que não há desfecho duro cardiovascular, como AVC, infarto, taquicardias, arritmias associadas ao uso de estimulantes.

Ou seja, o paciente pode sentir efeitos cardiovasculares, como aumento da frequência cardíaca ou até um leve aumentozinho da pressão, de 5 mm a 10 mm, que também é transitório e não vai dar maiores problemas comparados estatisticamente com o número grande de pessoas utilizando medicamentos estimulantes versus pessoas que não os usam.

Em relação ao uso com álcool, é normal, todo mundo pergunta e é importante saber. Durante o efeito dos estimulantes, o álcool tem seus efeitos aumentados, modificam o efeito dos medicamentos e produzem outros metabólicos psicoativos.

Traduzindo, a pessoa fica com mais efeito do álcool, tonta mais rapidamente e ainda pode ficar até um pouquinho mais eufórica por conta de outros metabólicos dos estimulantes que tornam-se psicoativos também.

E o uso do álcool não é proibitivo, pode ser realizado após o término do efeito do estimulante que não tem maiores problemas. Acabou o efeito, ela tomou de manhã, o efeito dura umas 10, 12 horas, pode tomar os seus drinks à noite ou no iniciozinho da noite sem maiores problemas.

Tenho uma história em relação a isso: estava mais ou menos no início do meu tratamento com a lisdexanfetamina, tomando no meio da manhã, mais ou menos às 10 horas, que era umas duas horas antes de começar a atender os pacientes, porque ficava bem no efeito durante todo o atendimento, em que atendia naquela época até por volta de 20 h, 21 horas. Eu queria o efeito durando até de noite para estar mantendo o meu foco durante todo o horário de trabalho.

Só que teve um dia, especificamente, em que fui convidado para um jantar de laboratório que era às 19 horas. Eu acabei fechando a agenda um pouco mais cedo para poder ir, só tinha almoçado mais ou menos ao meio-dia. Cheguei no restaurante, começaram a servir vinho e tinham colocado uns pãezinhos.

Estava com fome e sede também, acabei tomando uma ‘taçazinha’ de vinho e fiquei tonto ‘de um tanto’, aquela pessoa zonza e ficava assim pensando, “ nossa, tomara que o povo não perceba o tanto que estou tonto. Fiquei tonto só com essa taça, o que será que tinha nesse vinho?” Depois lembrei, eu ainda estava sob efeito do medicamento”.

Eu passei o jantar inteiro meio tonto e não pude aproveitar direito a aula, a discussão com os colegas, as coisas todas, porque o vinho ‘bateu forte’ demais em uma ‘tacinha’ só.

É isso que acontece, se a pessoa bebe durante o efeito do medicamento, não é que vai ficar “loucassa”, mas vai ficar tonto com pouco álcool e se beber uma quantidade que seria “normal”, vai ficar muito mais tonta.

Em relação à dependência da substância, é muito comum as pessoas terem preocupação, “poxa, o medicamento é tarja preta, eu vou ficar viciado, dependente”.
Normalmente, perguntam sobre isso, especialmente dos estimulantes.

Elas não geram dependência química, que é definida por tolerância, em que necessita de doses cada vez maiores do medicamento; abstinência, em que passa mal com efeitos contrários ao medicamento após a interrupção dela; e tem o comportamento de busca pela substância, sendo este fundamental, quem tem abstinência de cocaína, sai procurando, vai para tudo quanto é lugar para tentar conseguir cocaína e outras substâncias que causam dependência também.

Então, por que a pessoa tem tanto temor em relação aos estimulantes? Principalmente, pelo risco de abuso. Eles são tarja preta, de receita amarela, especialmente pelo risco de abusarem da substância e fazerem o uso indevido.

Por exemplo, o medicamento tem 10 mg de liberação imediata e o ideal é tomar no máximo 20 mg por vez. Tem quem tome 20 mg, 20 mg logo em seguida, depois mais 20 mg, quando menos vê, já tomou 60 mg juntos, e começa a ter efeitos colaterais maiores, maior risco de abuso, de problemas cardiovasculares, porque está tendo sobredosagem da medicação, o que facilmente acontece.

Ou então, de uso indevido. A pessoa ficou dirigindo o caminhão o dia inteiro, quer dirigir a madrugada toda e começa a tomar 1, 2, 3… 5, 6… 10 comprimidinhos de estimulante para ficar acordada a noite inteira.

E os riscos de uso indevido e abuso são especialmente nos medicamentos de liberação imediata, porque ela sente como se fosse um tiro, eles dão uma sensação de bater e começar a funcionar.

Fundamentalmente pelo risco de abuso é que são considerados tarja preta e medicamentos altamente controlados, mas não pelo risco de dependência.

E tem uma diferença muito grande entre síndrome de descontinuidade e abstinência. Por exemplo, se fico sem o meu medicamento da lisdexanfetamina, o que acontece?

Fico só mais sonolento no dia, não fico com aquela mesma produtividade, atenção, mas se eu quiser não tomar no final de semana, passo os dias tranquilo, sem maiores problemas, faço minhas coisas, fico relaxado e não, “ai meu Deus, cadê? Eu preciso do meu remédio, cadê o meu remédio?”. E se quiser parar de tomar, para, só que simplesmente volta a ter os sintomas do TDAH que já tinha, como antes.

Não é um medicamento que cura o TDAH, ele melhora os seus sintomas, é que nem os óculos. Se você os tira, volta a ficar enxergando como um míope, enquanto os usa, volta a enxergar normalmente. O medicamento é isso, não é que gera dependência, mas se para o medicamento, para de ter o benefício – é muito diferente dele causar dependência química.

Igualmente tem o temor dos estimulantes acabarem levando a pessoa ao uso de outras drogas e outras substâncias. Já tem estudos que mostraram que os estimulantes não levam ao uso de outras drogas nem sequer aumentam o uso de outras drogas, também não diminuem o uso das mesmas.

Ou seja, eles são indiferentes, o estimulante atua sozinho, não é porta de entrada para outras substâncias, que nem cocaína, que é outra droga estimulante, e nem sequer modifica o uso caso a pessoa já utilize, por exemplo, tabaco ou álcool, a pessoa não vai usá-los mais por causa dos estimulantes, nem necessariamente vai diminuir o uso das mesmas.

Inibidor da Recaptação de Noradrenalina

Antes de mais nada, queríamos que vocês escrevessem nos comentários o que acharam dos estimulantes. Conseguiram tirar dúvidas? Já utilizaram alguma vez estimulante? Conhecem quem utiliza medicamentos para TDAH, de maneira correta, com ou até mesmo sem diagnóstico, que acontece muito também? Envie o link deste artigo, pois pode ajudá-lo muito a compreender mais sobre a substância que está utilizando.

Outro medicamento para o TDAH são os inibidores de recaptação de noradrenalina, como, por exemplo, a atomoxetina, que vai chegar ainda aos mercados, mas já foi liberada no Brasil. Ela atua aumentando a quantidade de noradrenalina na fenda sináptica e vai em uma dosagem de 10 mg a 100 mg / dia.

Tem uma eficácia de melhora de cerca de 30% dos sintomas de TDAH, ou seja, é um pouco menos eficaz do que os estimulantes, é uma opção caso haja falha terapêutica dos estimulantes ou contraindicação ao uso dos estimulantes, como no caso de quem tem comportamento de abuso dos mesmos.

A atomoxetina demora cerca de um mês para a pessoa começar a perceber os efeitos. Quando o estimulante é mais ou menos meia hora, no máximo 1 hora, ela já percebe o efeito do estimulante – o efeito dela é a longo prazo, tem que estar tomando um mês seguido, depois vai começar a perceber os efeitos benéficos do medicamento.

Demora, mas funciona e tem que ser contínuo, porque a atomoxetina não é um medicamento, tipo assim, “ah, no final de semana eu vou parar”, tem que ser usada todos os dias para manter o efeito.

Os principais efeitos colaterais dela incluem boca seca; insônia, porque aumenta na noradrenalina; náuseas; diminuição do apetite; prisão de ventre; diminuição da libido; disfunção erétil; hesitação urinária; tontura e sudorese. Mas não acontece isso com a grande maior parte dos pacientes, alguns tem um, alguns tem outro. De maneira geral, a atomoxetina também é bem tolerável.

Se mantém, o efeito a longo prazo, tem estudos que mostraram, perdura mais de anos. A pessoa tomando o medicamento, ainda mantém o benefício mesmo com o mesmo medicamento ao longo dos anos.

Antidepressivos

O principal deles e o mais dado é a bupropiona, que tem indicação para redução dos sintomas do TDAH, especialmente a inatenção. Não há estudos comparativos diretamente de estimulantes com a bupropiona, mas com base na comparação de cada medicamento com o seu placebo, os estimulantes apresentam melhor eficácia em relação à bupropiona, especialmente boa quando se deseja tratar comorbidade de depressão ou abuso de substâncias, como tabaco ou outras substâncias.

Pode ser utilizada conjuntamente com estimulantes também, não tem problema a pessoa tomar bupropiona e um metilfenidato ou uma lisdexanfetamina.

Tem efeitos colaterais como boca seca, náuseas, insônia, tontura, ansiedade, dispepsia e tremores. E é contraindicada caso tenha epilepsia, porque facilita a ter crise epiléptica.

Outro antidepressivo que é muito bom para o tratamento de TDAH, apesar de não entrar na lista oficial como um medicamento próprio para TDAH, vem sendo cada vez mais utilizado é a vortioxetina. Por quê? Ela é um antidepressivo pró-cognitivo, melhora a cognição da pessoa, ajuda a melhorar sintomas de déficits cognitivos associados à ansiedade e depressão, ou à depressão ansiosa.

E torna-se muito interessante no tratamento de TDAH, especialmente quando, no momento do diagnóstico, também tem identificação de comorbidades como depressão ansiosa ou ansiedade.

A ansiedade necessita ser tratada antes do início de medicamentos estimulantes, porque senão há mesmo até uma piora dos sintomas do TDAH e da ansiedade, caso sejam introduzidos estimulantes sem ter tratado a ansiedade antes.

O paciente não vê benefício, por exemplo, de tomar simplesmente uma lisdexanfetamina ou metilfenidato, sendo que ainda está ansioso e não foi tratada a ansiedade.

Os principais efeitos colaterais da vortioxetina são náuseas, às vezes, pode dar vômitos e uma perda de apetite muito importante. Pode ter, às vezes, uma leve irritabilidade no início do tratamento, coceira, especialmente junto de água mais quente.

Mas, de maneira geral, ela é bem tolerada, só que gasta mais ou menos um mês para fazer adaptação da vortioxetina.

E uma vez que foi tratada bem, primeiro a depressão ansiosa ou a ansiedade, pode entrar com o medicamento estimulante.

E também tem os tricíclicos, que são um dos mais antigos que tem, um dos primeiros a ser utilizado para tratar TDAH e muito conhecido para tratá-lo na infância.

Também são indicados para o tratamento de TDAH com melhora modesta dos seus sintomas, mas que podem ser bem úteis quando estão associados aos sintomas depressivos e ansiosos.

Especialmente em adultos, fica difícil o uso dele, porque costumam estar relacionados a muitos efeitos colaterais, principalmente ganho de peso, sonolência e até mesmo riscos cardiovasculares, como taquicardias e arritmias.

Esse foi o conteúdo sobre os medicamentos para o tratamento de TDAH. Se você gostou e gosta dos nossos artigos e vídeos do YouTube, se inscreva no canal e clique no sininho para receber a notificação de novos materiais e não perder nenhuma novidade.

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