Nutrição e Alzheimer – Alimentos para Quem Tem Alzheimer
Nutrição e Alzheimer. Se você quer saber sobre a Nutrição do paciente com Alzheimer, o que vale a pena fazer, o que não vale, o que é mito, o que é verdade na nutrição para o paciente com Alzheimer, fique até o final deste artigo que a nutricionista Joyce Rouvier, especialista em Nutrição Funcional, vai explicar sobre isso hoje.
Nutrição e Alzheimer
Como prometido, estamos aqui para fazer um artigo, conforme a votação de vocês, sobre o Alzheimer e a Nutrição: como podemos ajudar, através dos alimentos, a melhorar o quadro e até mesmo prevenir que essa doença, que acomete tantas pessoas, apareça antes do previsto e que caso apareça, tenha uma intensidade mais leve.
Estima-se que, em 2015, tínhamos em torno de 43 milhões de pessoas com Alzheimer e que, em 2050, esse número irá pular para quase 132 milhões de pessoas.
E que da demência, porque o Alzheimer é um tipo de demência, 35% desse tipo de demência, conseguimos reduzir modificando fatores de risco, como estilo de vida, que dá para modificarmos: por exemplo, a dieta.
O que é o Alzheimer?
O que seria o Alzheimer? O Alzheimer nada mais é do que um declínio progressivo da nossa função cognitiva. E nele ocorre um acúmulo de placas beta-amiloides e de emaranhados de uma proteína que se chama TAU – isso provoca déficit cognitivo.
E tem uma questão, porque as nossas células cerebrais não se dividem, elas não têm mais essa capacidade de se dividir, então, são mais suscetíveis à perda de função, principalmente a parte funcional mesmo.
Fatores de Risco
Sendo assim, como é que conseguimos melhorar isso com a nutrição? Como abordamos no artigo anterior do Parkinson, o intestino é o nosso segundo cérebro, então é muito comum que pessoas que têm algum problema no intestino possam vir a ter um problema na parte neuronal, porque ocorre uma inflamação excessiva.
Por que essa inflamação excessiva ocorre? Porque você tem o que chamamos de disbiose. O que é isso? Você acaba tendo um desequilíbrio da microbiota, das bactérias boas e ruins, tendo uma produção maior de bactérias ruins e uma menor diversidade dessas bactérias, principalmente das boas.
Papel do Intestino no Alzheimer
Outra questão: normalmente, quando envelhecemos, temos uma perda, um enfraquecimento das nossas tight junctions; o que é isso? É o que ajuda a ligar o nosso intestino e diminuir essa permeabilidade intestinal e a inflamação.
Então, no envelhecimento, temos uma perda dessa função, o que aumenta a permeabilidade, a inflamação, a produção de substâncias que chamamos de citocinas pró-inflamatórias. Então, precisa baixar essas citocinas.
Importância da Saúde Intestinal
Na nutrição, como conseguimos fazer isso? Principalmente, com o aumento do consumo de alimentos ricos em fibras. Por quê? Porque as fibras são substratos, alimento de bactérias boas que vão produzir, principalmente, os ácidos graxos de cadeia curta, como o butirato. E o butirato está muito ligado à cognição, ao aprendizado, à memória, então você consegue diminuir o déficit cognitivo quando entra com esses alimentos.
Alimentos que Ajudam na Prevenção e no Tratamento
A nossa dieta ocidental é muito rica em carboidratos refinados, alimento rico em gordura, então temos um consumo maior de ômega 6, que é mais inflamatório do que ômega 3.
“De novo, JoJo, você vai abordar sobre isso?“ De novo, porque o ômega 3 é essencial, faz parte das nossas membranas, ele é anti-inflamatório, então precisamos aumentar o consumo dos alimentos ricos em ômega 3, como os peixes, as sementes, a linhaça, as castanhas, logo, é interessante que aumente o consumo desses alimentos.
O que mais você pode fazer? Consumo de chás; que são muito ricos em polifenóis, teaflavinas, catequinas, que são anti-inflamatórias, diminuem esse processo de neurodegeneração que ocorre no Alzheimer.
Outra coisa que pode fazer é aumentar o consumo de alimentos frescos, então, anteriormente, também explicamos no conteúdo de Parkinson que precisa aumentar os vegetais, as frutas, os legumes para ter mais as próprias fibras, mas para ter também outro componente que são os carotenoides, que já está comprovado que são altamente anti-inflamatórios e antioxidantes.
Toda vez que temos uma doença crônica, em uma salada, temos uma produção maior de radical livre, então você tem uma produção maior de inflamação, logo, com esses alimentos, você consegue baixar todo esse quadro.
Probióticos pode ser uma opção, também pode ser utilizado, mas isso sempre com instrução de um profissional, porque têm cepas específicas, as quantidades específicas que podemos trabalhar desses suplementos.
Coisa bem interessante que podemos explicar para vocês do Alzheimer é que, normalmente, acomete pessoas acima de 65 anos, quem é mais estressado, fuma, abusa de álcool, utiliza medicamentos por uso prolongado, principalmente os antibióticos.
E também é caracterizado por ser bem similar ao diabetes, tanto que é considerado diabetes tipo III. Por quê? Porque também tem uma resistência à insulina.
O que é insulina? Aquele hormônio que bota para dentro da nossa célula o carboidrato, o açúcar. E essa insulina desequilibrada aumenta a inflamação, por isso é também chamado de diabetes tipo III.
Dessa forma, o que é legal? Também trabalharmos com o índice glicêmico dos alimentos: logo, não consuma muito carboidrato refinado, consuma mais carboidrato de médio a baixo índice, como as frutas que não são muito doces, os próprios tubérculos – abóbora, batata doce, inhame, cará – vão ajudar bastante.
Acho que basicamente é isso que precisávamos explicar para vocês sobre Alzheimer. Se tiverem qualquer outra dúvida, mais sugestões de temas, estamos aqui para ajudá-los.
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