Estimulação magnética transcraniana para dor crônica

Estimulação Magnética Transcraniana para Dor Crônica

A necessidade Estimulação magnética transcraniana para dor crônica. A dor crônica é um desafio muito grande para diversos pacientes, seja essa dor crônica neuropática ou uma enxaqueca ou uma fibromialgia ou até mesmo uma dor na coluna. Diversos tipos de Dores crônicas têm a característica de modificar o funcionamento do cérebro no qual ele fica muito mais sensível e perceptível a dor. O cérebro de quem tem dor crônica está treinado a perceber dor e tem mais dificuldade em inibir o processo da dor.

E às vezes mesmo com fortes medicamentos para controlar a dor ou medicamentos para prevenir a dor ou até mesmo procedimentos para tentar abrandar a dor não chegam ser suficientes, justo porque a percepção de dor no cérebro está muito grande e ele está muito sensível à dor. O funcionamento do cérebro foi modificado ao longo do tempo devido à dor crônica. Isso se chama de sensibilização central. A sensibilização central é a maior capacidade do cérebro em perceber a dor e menor capacidade de inibir a mesma.

Já existem diversos estudos de ressonância funcional comparando o cérebro de quem tem dor crônica com o cérebro de quem não tem e sabe-se que a forma de funcionar do cérebro de quem tem dor crônica é diferente. E como o tratamento da dor crônica é multimodal, quanto mais ferramentas que tenham evidência científica de eficácia para o tratamento da dor, melhor para o paciente.

O que é a estimulação magnética transcraniana

Estimulação magnética transcraniana é uma técnica pela qual a gente influencia a atividade dos neurônios do cérebro, seja ou excitando eles ou inibindo eles. O cérebro funciona como um processador biológico, os neurônios funcionam com atividade elétrica e isso gera o processamento de dados pelo cérebro que controla todo o corpo e gera todas as demais vivências psíquicas e mentais que nós temos. Esse processador biológico ele tem compartimentos localizados para cada função, área da visão, área da motricidade, área da sensibilidade, área da audição, área do raciocínio lógico, área das emoções e assim por diante.

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Esse teste auxilia a determinar se uma dor é neuropática ou não.

Nós podemos influenciar o modular a atividade dos neurônios de diferença maneiras de maneira química por exemplo com medicamentos que aumente a atividade dopaminérgica dos neurônios, com atividade física que ativa e usa mais os neurônios motores, a repetição de movimentos ou de manobras que condiciona os neurônios para executar tais manobras com maior facilidade. De outra maneira que podemos interferir na atividade dos neurônios é com Campos magnéticos e estes Campos magnéticos eles geram potenciais elétricos em áreas muito específicas do cérebro e essa atividade elétrica criada pelos campos magnéticos, pode ser de uma forma excitatória ou inibitória para os neurônios.

Então, se a gente quer inibir uma área relacionada à ansiedade no cérebro, a gente coloca as bobinas do aparelho sobre aquela área e ela vai produzir campos magnéticos em forma de pulsos numa frequência que irá inibir a atividade dos neurônios naquela região, tratando assim a ansiedade. Caso a pessoa tenha uma queda da atividade neuronal relacionada ao foco, a atenção, ao bem-estar, ao prazer e ao interesse na vida a gente pode pôr a bobina sobre a região correspondente a essas características e aplicar ondas magnéticas numa frequência que estimulem os neurônios e dessa forma poder ajudar no tratamento de uma depressão, por exemplo.

Como é realizada a Estimulação magnética transcraniana para dor crônica

Apesar da estimulação magnética transcraniana para dor crônica ainda não ter recebido a aprovação pelo FDA, que é o órgão regulador americano para liberação de uso terapêutico, as evidências de que ela funciona já existem e são múltiplas. Só ainda não foi liberado porque ainda não chegou no consenso sobre qual é a melhor forma de aplicar a estimulação magnética transcraniana.

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É liberado o uso clínico da estimulação magnética transcraniana para a dor crônica porque já existem evidências da sua eficácia e a técnica é extremamente bem tolerada e praticamente sem efeitos colaterais. Mas sem a liberação pelo FDA, os convênios não são obrigados a pagar pelo procedimento e nem o SUS. Então isso significa que a técnica pode ser utilizada, mas ainda não é obrigatória a cobertura dos custos pelos convênios. Isso só ocorre após aprovação do FDA e dos demais órgãos regulatórios sobre o uso da técnica em cada pais.

Mas essa situação de ainda não ser aprovada pode estar para terminar, visto que estudos de revisão sistemáticas sobre a eficácia da técnica da estimulação magnética transcraniana repetitiva de alta frequência, ou seja excitatória, no córtex motor primário tem efeito analgésico de longa duração para diversos tipos de dores crônicas. O racional de estimular o córtex motor é de que nele também está contido as conexões neurais relacionadas à inibição do processo de dor. Então estimulando ou fortalecendo o centro que inibe a percepção de dor, o cérebro fica mais forte para conseguir inibir a dor. Assim o paciente fica sem dor.

Uma sessão típica de estimulação magnética transcraniana para controle de dor começa com a localização dos pontos cranianos e a marcação desses pontos na toquinha para futuras sessões assim a gente sabe onde é a área de M1 que a área motora à esquerda e onde que é o ponto do dorso lateral frontal esquerdo, que também pode ser utilizado no complemento ao tratamento da dor. Então o paciente é posicionado numa poltrona e é realizado testes para descobrir o Limiar motor do paciente, isso significa que a gente aplica pulsos magnéticos na região motora da mão e descobre qual o nível de energia que é necessário para gerar um movimento involuntário da mão do paciente.

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E é isso mesmo, através da geração da atividade elétrica no cérebro, na região que controla os movimentos daquela mão, a mão vai se movimentar sob o controle do aparelho e não do paciente. Mas isso é somente para saber exatamente o nível de energia que a gente tem que aplicar para aquele paciente específico. Então inicia-se uma estimulação magnética repetitiva excitatória sobre o córtex motor do paciente. Após essa estimulação são realizados exercícios de fisioterapia e procedimentos da fisioterapia para controle da dor. E após essa sequência de estimulação do córtex motor e procedimentos especializados de fisioterapia pode ser realizado os estímulos na área pré-frontal dorso lateral esquerda, como complemento no tratamento da dor.

A estimulação da área motora facilita a ativação dos neurônios que controlam a dor. A estimação da área pré-frontal também ajuda na melhora do estado de humor e na parte emocional que também vem junto com a dor.

Quais são os resultados esperados com Estimulação magnética transcraniana para controle de dor

Os resultados que se espera com a terapêutica da estimulação magnética transcraniana é que pelo menos 50% dos pacientes tenham uma redução da dor em pelo menos 50% e que isso dure entre 1 a 6 meses, sendo que tem casos que dure até 1 ano. O tamanho da eficácia do tratamento está diretamente relacionada ao número de sessões e frequência das sessões, que devem ser aplicadas uma próxima da outra, diariamente pelo menos no início do tratamento. E todos esses resultados já tem evidências científicas que é a melhora ela vem muito acima de quando se realiza técnicas de estimulação magnética Placebo na qual não se está estimulando verdadeiramente o cérebro e apenas cria-se a sensação da estimulação. Então isso significa que o efeito da técnica é verdadeiro e não é um efeito placebo.

Então a técnica da estimulação magnética transcraniana para a dor é uma opção terapêutica extremamente válida para diversas situações na jornada do paciente com dor crônica e muitas vezes quando conseguimos deixar o paciente sem dor com a EMT, também é realizado continuidade de tratamento com medicamentos, terapias físicas e controle emocional para prevenir que a dor retorne. É uma técnica segura com comprovação científica, com muito pouco efeito colateral e tem pouquíssimas contra indicações.

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