Localização e Causas de um Aneurisma Cerebral
Se você quiser saber quais são as principais Causas de um Aneurisma Cerebral e descobrir onde ele se encontra, fique até o final deste artigo que o Dr. Felipe Vilar, neurocirurgião da Clínica Regenerati, especialista em Neurorradiologia Intervencionista e Neurocirurgia Vascular, e Coordenador do serviço da Faculdade de Medicina do ABC, na parte de Neurorradiologia Intervencionista, irá explicar mais sobre isso.
Hoje, nós vamos falar sobre um tema interessante que são os aneurismas. E é interessante porque é um assunto pouco abordado atualmente e as pessoas desconhecem o tanto que isso é prevalente na população.
Causas de um Aneurisma Cerebral
Hoje, sabemos que 2% a 5% da população mundial tem aneurismas cerebrais e desconhece que tem. Existem alguns tipos específicos de aneurisma: o sacular, o fusiforme e o tipo blister.
O objetivo desse nosso bate-papo é saber como ele se apresenta, como fazemos o diagnóstico e como podemos tratar esse tipo de problema que aflige grande parte da população mundial.
Nós temos três tipos de aneurisma: os saculares, os blisters e os fusiformes. Mas como esses aneurismas são diagnosticados, como eles se apresentam? Basicamente, o aneurisma é assintomático, então, ele normalmente tem de 3 mm a 6 mm e só é diagnosticado de modo incidental geralmente.
E como fazemos esse diagnóstico? Muitas vezes, através de um exame de imagem (uma angiotomografia, uma angiorressonância), não invasivo, assim como fazemos exames para outras coisas, por exemplo, uma endoscopia, uma colonoscopia para descobrir alguma coisa do trato digestivo. Através do exame de imagem do sistema nervoso podemos fazer o diagnóstico desses aneurismas.
Passo a Passo da Formação e Ruptura de um Aneurisma
Mas o aneurisma dá dor de cabeça? Ele é muito mais prevalente nas mulheres do que nos homens e as mulheres, normalmente, têm mais dor de cabeça. Isso está associado ao aneurisma? Provavelmente não, porque as mulheres têm uma incidência muito maior de enxaqueca, dor de cabeça, cefaleia tensional, e o aneurisma só dá dor de cabeça quando existe a ruptura. E se há ruptura, você tem um sangramento.
Então, o aneurisma está dentro dos acidentes vasculares encefálicos hemorrágicos. Como vocês vão poder observar em outros artigos aqui da Clínica, existem os acidentes vasculares isquêmicos e os hemorrágicos. A hemorragia subaracnoide, que provém dos aneurismas, é um tipo de acidente vascular hemorrágico.
Basicamente, hoje, no mundo, temos um número de 500 mil pessoas com rupturas anuais de aneurisma e desconheciam que tinham. O aneurisma, quando é descoberto através de um exame de imagem, ou seja, foi um achado de imagem, se descobriu aquele aneurisma, pode ser tratado de uma forma muito melhor do que quando a pessoa tem a ruptura e procura um hospital.
Fatores de Risco
Quais pessoas têm mais prevalência de ter um aneurisma? Basicamente, têm fatores modificáveis e não modificáveis. Os não modificáveis são fatores genéticos, familiares, então, por exemplo, se você tem um pai, uma mãe ou um irmão que teve um aneurisma, como eles são seus parentes de primeiro grau, obrigatoriamente, tem que fazer uma investigação.
Mas como eu posso fazer essa investigação? Através de um exame de imagem: angioressonância ou angiotomografia. Então, todo parente de primeiro grau de uma pessoa que já teve aneurisma precisa fazer, obrigatoriamente, o exame. A incidência de aneurismas nessas pessoas é muito grande.
Quais são outros fatores que podem gerar o surgimento de um aneurisma? O tabagismo, o etilismo crônico, algumas doenças do tecido conjuntivo e alguns achados que nós observamos em exames de rotina, por exemplo, aqueles que têm rins policísticos apresentam uma prevalência muito maior de aneurismas cerebrais.
Então, se você faz um ultrassom ou uma tomografia de abdome, e diagnóstica, por exemplo, um rim policístico, tem que procurar um neurocirurgião para poder fazer um exame de imagem e diagnosticar esse aneurisma.
Diagnosticado esse aneurisma, eu tenho que tratar? Por isso é importante procurar um especialista. Nem sempre os aneurismas têm que ser tratados; vai depender muito do tamanho desse aneurisma.
Ou seja, se você tem um aneurisma pequeno, basicamente o que nós vamos fazer é acompanhá-lo; ele não necessita de tratamento cirúrgico, nem endovascular, basta fazer um acompanhamento rotineiro como faz para uma doença crônica: hipertensão, diabetes e assim por diante.
Agora, se você tem um aneurisma maior que 3 mm, ele é passivo de tratamento, deve ser tratado, porque o aneurisma, quando tratado antes da ruptura, é um tratamento muito melhor, um prognóstico muito melhor, mais rápido, e o paciente tem uma vida normal, isso não afeta o comportamento da vida da pessoa após o tratamento, então é muito importante.
Quais são os tipos de tratamento? Basicamente, nós temos dois tipos: o cirúrgico, que é feito através de uma craniotomia, ou seja, uma cirurgia no crânio. E esse tratamento foi o primeiro que surgiu, a partir da década de 60 e 70, com a microcirurgia, difundida por Yasargil.
Em 1991, surgiu o tratamento endovascular, que é, hoje, muito difundido. Na Europa, atualmente, cerca de 90% dos aneurismas são tratados por via endovascular. No Brasil e nos Estados Unidos, 50% são tratados através de cirurgia e 50%, através da via endovascular.
Lógico que isso vai depender muito da avaliação do seu médico, que irá analisar o tamanho, a localização e te orientar qual é a melhor forma de tratamento para o seu aneurisma específico.
Então, as pessoas que têm aneurisma nunca devem se desesperar, porque muitas vezes isso é um achado de exame; devem procurar um profissional, um neurocirurgião ou um neurorradiologista intervencionista, para poder ver qual é a melhor forma de fazer esse tratamento.
Na Clínica Regenerati, temos uma equipe enorme de neurologistas em todas as áreas e eles vão poder orientar quais são a melhor forma e o profissional mais indicado para te atender caso você tenha um aneurisma.
Aqui, só fazemos esse tipo de tratamento, nós temos uma experiência grande, atuamos nos melhores hospitais de São Paulo para podermos dar o melhor tratamento ao nosso paciente.
Muito importante que alguns sintomas dos aneurismas sejam destacados, então, quando tenho dor de cabeça, eu posso estar tendo um aneurisma? Sim. Se for uma dor de cabeça que você nunca sentiu, que foge ao padrão, existe a possibilidade de ter havido uma ruptura. Nessas situações, se procura um Pronto-Socorro, um hospital, para você poder ser diagnosticado.
Quando temos uma ruptura de um aneurisma, o que acontece? O aneurisma é uma fragilidade da parede da artéria e quando ele rompe, existe um sangramento. O cérebro é envolto por uma membrana, que é a meninge. O sangramento irrita muito a meninge, então, inevitavelmente, a pessoa tem uma dor de cabeça, uma cefaleia – como costumamos falar – muito importante, atípica, realmente a pessoa fala: “é uma dor que eu nunca tive na minha vida, em trovoada, muito potente”.
Nesse momento, precisamos ter alguns cuidados. Por quê? A pessoa pode piorar. A ruptura do aneurisma é uma coisa muito grave; 25% dos pacientes que têm ruptura, acabam falecendo no primeiro momento; então, tratamos os demais. Desses que sobrevivem a essa ruptura, muitos ficam em estado grave e os demais pacientes são tratados em um momento que não é tão adequado.
Então, você tem algumas complicações advindas do sangramento, por exemplo, dor de cabeça intensa; piora importante do quadro neurológico evoluindo para coma; hidrocefalia, que basicamente é uma obstrução do sistema de drenagem do nosso cérebro. Vasoespasmo, que é o quê? A estenose, o estreitamento das artérias cerebrais em função do sangue que está ao redor dessas artérias, podendo provocar isquemias cerebrais graves.
Logo, o diagnóstico precoce dessa patologia é muito importante, porque nós temos uma prevalência gigantesca. Estima-se que nos Estados Unidos, hoje, tenhamos 6 milhões de pessoas com aneurisma cerebral que não sabem que têm esse problema. E quando se sabe, o tratamento é muito mais fácil, com menos riscos para o paciente e muito melhor.
A partir do momento que você tem um sangramento, há um risco de complicação e óbito muito grande. Então, é muito importante que tenhamos esse diagnóstico precoce. E para isso, nós já falamos a pouco, o diagnóstico é feito através de exames não invasivos, podem ser feitos em 30, 40 minutos e temos o resultado; você pode sentar conosco, dialogar e nós vamos orientar o melhor tratamento para cada tipo de aneurisma, a localização, o tamanho e a melhor forma de resolução desse problema.
Nós estamos aqui para sempre poder dar toda a assistência aos pacientes, seja no ambiente da Clínica, seja no ambiente hospitalar. Basicamente, podemos destrinchar e conversar melhor a respeito, sobre algumas características.
É importante que vocês aguardem novidades não só sobre aneurismas, como outros temas que o grupo de neurologistas, neurocirurgiões e neurorradiologistas aqui da Clínica Regenerati podem passar para vocês.
Nós estamos à disposição para esclarecer eventuais dúvidas e fazer artigos que interessem a vocês sobre temas que possam sugerir para agregar no conhecimento das mais diversas patologias do sistema nervoso central.
Assista ao vídeo e saiba mais:
