Hemorragia Intraventricular em Recém-Nascidos – Entenda a Origem e o Tratamento
A Hemorragia Intraventricular é uma condição muito comum em Recém-Nascidos, ocorrendo especialmente em prematuros ou recém-nascidos que passaram por alguma complicação durante ou após o parto.
O que é Hemorragia Intraventricular em Recém-Nascidos?
Nomeamos como hemorragia intraventricular em recém-nascidos quando há sangramento no interior ou ao redor dos ventrículos cerebrais, que são espaços contendo o líquido cefalorraquidiano, responsável por amortecer e proteger o cérebro.
Comum de ocorrer nos primeiros dias de vida dos bebês, pode ser classificada em um dos quatro graus, conforme o tipo de sangramento, sendo de:
- Grau I: Hemorragia restrita à matriz germinativa.
- Grau II: Hemorragia que se espalha para os ventrículos, mas sem dilatação ventricular.
- Grau III: Hemorragia intraventricular com dilatação ventricular.
- Grau IV: Hemorragia intraventricular com extensão para o parênquima cerebral circundante.
Existem alguns sinais e sintomas a serem observados e nos quais será ponderada uma investigação neste sentido, como: apneia, bradicardia, cor da pele azulada ou pálida, fontanelas inchadas, letargia, redução dos reflexos e tônus muscular, sangramento inexplicável e sono excessivo, por exemplo.
A partir disso, a equipe responsável pode solicitar exames de imagem para verificar se há presença de coágulos sanguíneos, dilatação ventricular, hemorragia intracraniana ou malformação no tecido cerebral. Sendo o principal e inicial exame o ultrassom transfontanelar.
Origem da Hemorragia Intraventricular em Recém-Nascidos
Esta condição é comumente encontrada em bebês prematuros, uma vez que seus vasos sanguíneos cerebrais são delicados, com grandes chances de se romperem, o que pode acontecer em proporção maior quanto menor e mais prematuro é o paciente.
Além disso, igualmente podem ser associados às possíveis causas desta condição problemas de saúde da mãe, complicações pós-parto.
Possíveis Complicações
A maioria das hemorragias grau I e II evoluem para reabsorção sem necessidade de procedimentos e tem bom prognóstico. Porém, todas as hemorragias devem ser acompanhadas pela equipe médica, a fim de evitar e identificar complicações, como:
- Atrasos no desenvolvimento;
- Convulsões;
- Deficiências neurológicas;
- Hidrocefalia;
- Leucomalácia periventricular;
- Paralisia cerebral.
Tratamento da Hemorragia Intraventricular em Recém-Nascidos
Diante das análises de cada caso, o médico responsável irá identificar e tratar condições de base que possam estar relacionadas com o surgimento da hemorragia intraventricular. Do mesmo modo que tende a ser comum oferecer suporte neurológico.
Cada tratamento é individualizado, a recomendação é buscar ajuda médica e manter acompanhamento periódico com um(a) especialista em Neuropediatria pela saúde, qualidade de vida e pelo bem-estar de seu(s) filho(a), o que pode ser feito por meio do cuidado multidisciplinar, que é o nosso forte, então, não hesite em agendar uma consulta!
