Como Reconhecer a Pseudocrise Convulsiva?
Crises convulsivas ou psicossomáticas são problemas de saúde, visto que estas doenças causam muita confusão e são relativamente comuns. Mas afinal, o que realmente é a pseudocrise convulsiva?
Como o próprio nome diz, “pseudocrise” é um termo originado da palavra pseudo, que significa falso ou “que parece mas não é”. A pseudocrise parece uma crise convulsiva, mas não é uma crise verdadeira.
Como Reconhecer a Pseudocrise Convulsiva?
As pseudocrises têm sido pauta de variadas contradições entre os profissionais que cuidam de pacientes com epilepsia. Os estudos atuais sobre o tema tem como objetivo separar as crises psicossomáticas das crises convulsivas, que dizem respeito a epilepsia.
Caso alguém leigo no assunto observar alguém passar por uma pseudocrise, pode ser que a cena se assemelhe a uma real crise convulsiva. Por exemplo, ao ver uma pessoa se debatendo em algum lugar, nossa primeira resposta costuma ser acreditar que estamos presenciando uma crise convulsiva.
Elementos que Diferenciam – Crises Psicossomáticas
No entanto, especialistas são capazes de notar uma pseudocrise, pois existem alguns elementos que diferenciam esse tipo de crise das crises convulsivas epilépticas. Como por exemplo, a pseudocrise costuma ser muito mais demorada que uma crise convulsiva epiléptica.
Além desse fator, existem alguns outros diferenciadores, como:
- Ficar de olhos fechados: crises epilépticas geralmente ocorrem com olho aberto;
- Não apresentar palidez: a palidez é um sintoma das crises epilépticas;
- Não ficar roxa ou cianótica;
- Não apresentar saliva ou apresentar uma saliva não espumante;
- Não apresentar mordidas na língua (agressivas);
- Cair em um lugar que apresente segurança de maneira subconscientemente proposital, para não se machucar;
- Ocorrer perto de outras pessoas.
O Termo ‘Pseudo’ – Pseudocrise Convulsiva
O termo “pseudocrise” é considerado por alguns médicos como errôneo, e até mesmo altamente pejorativo. Quando os pacientes recebem de sua equipe médica o diagnóstico desse transtorno, além de frequentemente se recusarem a aceitá-lo, se sentem até mesmo ofendidos, pois para eles suas crises se apresentam como bastante reais.
Por causa disso, nos últimos anos parte dos especialistas têm demonstrado a preocupação de alterar o nome do termo oficial, trocando “pseudocrise” por “crise pseudoepiléptica” ou “crise não-epiléptica psicogênica”, entre outros.
Tratamento – Pseudocrise Convulsiva
Por ser uma condição cujo lugar de ação é psicológico, o tratamento dela obviamente terá um foco em acompanhamento psicológico. No entanto, esse é um processo bastante complexo, principalmente no início do tratamento, devido ao fato do paciente focar seu sofrimento psíquico através das crises “convulsivas” e não da fala.
Por esse fator, é necessário que o tratamento envolva um planejamento de situações que façam o paciente compreender que a crise em si representa um sofrimento, que se manifesta pelas “convulsões”. Ou seja, um tratamento que o faça compreender que as convulsões não são de fato reais.
Existe também a extrema urgência de tratar outros fatores ou doenças relacionadas a essa condição, principalmente a depressão grave com risco de suicídio e outros transtornos mentais, com a utilização de medicação específica de acordo com o diagnóstico de cada paciente.
Entenda melhor esta condição assistindo ao vídeo a seguir:
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/rlpf/v6n1/1415-4714-rlpf-6-1-0109.pdf
Autor: Dr Willian Rezende