Crise de Ausência

Crise de Ausência – O que é Crise de Ausência

Se quer saber o que é uma Crise de Ausência, como diferenciar de devaneios, quem está propenso a tê-la e tudo que você precisa saber sobre crises de ausência, fique até o final deste artigo, porque o Dr. Willian Rezende do Carmo, médico neurologista, fundador da Clínica Regenerati e que no seu canal do YouTube fala sobre Dor, Sono, Parkinson, Emoções e Neurologia como um todo, vai explicar sobre isso.

Lembrando que nós abordamos sobre temas que vocês precisam e se interessam, e trazemos sempre um conteúdo científico, de qualidade, com embasamento e em uma linguagem mais acessível.

O que é uma Crise de Ausência?

Uma crise de ausência causa um curto período de apagamento ou um olhar para o nada, e como outros tipos de convulsões, é causada por uma breve atividade elétrica anormal no cérebro de uma pessoa.

Trata-se de uma crise de início generalizada, o que significa que começa em ambos os lados do cérebro ao mesmo tempo. E um termo mais antigo é “convulsão de pequeno mal”.

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As crises de ausência, geralmente, afetam apenas a consciência da pessoa sobre o que está acontecendo naquele momento, com recuperação imediata, ou seja, não tem esse debater muscular igual de uma crise convulsiva tônico-clônica generalizada.

Como são as Crises de Ausência?

Existem dois tipos de crises de ausência que podem parecer um pouco diferentes.

Ambos os tipos de convulsões são curtos e as pessoas, muitas vezes, não notam a princípio. Eles podem ir e vir tão rapidamente que ninguém percebe nada de errado, ou os observadores podem confundir os sintomas com um simples devaneio ou uma falta de atenção.

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Crises de Ausência Típicas

Essas crises são as mais comuns, em que as pessoas interrompem repentinamente todas as suas atividades, pode parecer que ele ou ela está olhando para o nada ou com uma expressão vazia, a pessoa simplesmente para.

Os olhos podem virar um pouco para cima, as pálpebras tremerem e piscarem, e a convulsão, geralmente, dura menos de 10 segundos.

Crises de Ausência Atípicas

Essas crises de ausência são chamadas de atípicas porque podem ser mais longas, terem início e fim mais lentos, e envolverem sintomas diferentes. E a convulsão ainda começa com o olhar para o nada, geralmente, com o olhar vazio.

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Normalmente, há uma mudança de tônus muscular no movimento; você pode ver o piscar repetindo, parecer um tremor de pálpebras; estalar dos lábios ou fazer movimentos de mastigação; esfregar os dedos ou movimentar as mãos.

Uma crise de ausência atípica dura mais tempo, de 20 segundos ou mais.

Causas

As crises de ausências, geralmente, têm uma causa genética. Em geral, as convulsões ocorrem como resultado de uma explosão dos impulsos elétricos das células nervosas do cérebro. Os neurônios, normalmente, enviam sinais elétricos e químicos por meio das sinapses que os conectam.

Nas pessoas que sofrem convulsões, a atividade elétrica normal do cérebro é alterada.
Durante uma crise de ausência, esses sinais elétricos se repetem continuamente em um padrão de 03 segundos.

Quem têm convulsões também podem ter níveis alterados de neurotransmissores e é neles que os medicamentos atuam.

Fatores de Risco

Idade

O primeiro deles é a idade. As crises de ausência são mais comuns em crianças de 04 a 14 anos; adultos que tenham epilepsia também têm crises de ausências, que são menores e denotam um descontrole da epilepsia.

E as crises de ausência são fatores de risco para crises convulsivas tônico-clônicas generalizadas.

Sexo

As crises de ausência são mais comuns em mulheres.

Membros da Família que Têm Convulsões

Esse é um grande fator de risco: ter familiares que tenham convulsões. Quase um quarto das pessoas que têm crises de ausência têm um parente próximo que sofre de convulsões.

Como é Ter uma Crise de Ausência?

Quando uma pessoa tem crises de ausência, não têm consciência do que está acontecendo ao seu redor. Por exemplo, ela não percebe se alguém tenta falar durante aquela crise.

Se uma pessoa estiver falando quando a convulsão começar, ela para de falar, geralmente no meio de uma frase. Pode parecer uma pausa para o observador, mas uma pausa estranha, que não cabe no meio de uma frase.

Geralmente, uma criança pode ter crises de ausência consecutivas, várias seguidas, e o observador pode não ver o início ou o fim daquela convulsão. A pessoa pode parecer confusa e não saber o que aconteceu.

Eu chamo de convulsão porque é uma convulsão mesmo que não esteja se debatendo, porque a atividade elétrica total do cérebro ficou alterada e a pessoa perde a consciência.

O que Acontece Após uma Crise de Ausência?

Quando uma crise de ausência termina, a pessoa, geralmente, continua fazendo aquilo que estava fazendo antes.

Se estava falando uma frase, pausa e volta a falar de onde parou. Quase sempre estão bem acordadas logo após a crise e capazes de pensar com clareza. Geralmente, nenhum primeiro socorro é necessário neste tipo de convulsão.

Quando as crises de ausência acontecem próximas umas das outras ou uma pessoa tem muitas crises em um dia, pode parecer ou agir confusa, perder a noção do que está acontecendo.

As crianças, por exemplo, na escola, podem não estar cientes do que aconteceu na sala de aula, perder a instrução do professor ou ter trabalhos incompletos.

Se Alguém Tiver Crises de Ausência, com que Frequência Acontecerão?

O número de crises de ausência que uma pessoa pode ter varia muito. Os medicamentos contra convulsões podem controlar as crises de ausência para a maioria das pessoas, de modo que não tenham nenhuma crise convulsiva. E outras podem ter centenas de breves crises de ausência por dia. Para ver como crise de ausência é uma coisa grave, que deve ser levada a sério.

Você que está lendo o artigo, escreva nos comentários o que acha sobre crises de ausência. Já viu alguém ter alguma? Já teve crise de ausência? Acha que conseguiria reconhecer uma crise de ausência em alguém?

Escreva, estamos ansiosos para ver o que vão colocar nos comentários sobre as crises de ausência, que são algo que afeta um grande número de pessoas.

Como as Crises de Ausência são Diagnosticadas?

As crises de ausência podem ser diagnosticadas por, primeiro de tudo, uma boa descrição do que aconteceu – é a parte mais importante do diagnóstico. Geralmente, essa descrição vem de pessoas que presenciaram aquela crise convulsiva, um pai, um professor, um membro da família, uma namorada, uma esposa.

Depois, pode ser realizado um eletroencefalograma, que vai ser feito caso os eventos narrados pareçam com uma convulsão ou uma crise de ausência, ou outros sintomas venham junto.

O EEG, o eletroencefalograma, verifica a atividade elétrica do cérebro em busca de padrões, geralmente, observados em uma crise de ausência. Durante o EEG pode ser solicitado que você respire rapidamente ou olhe para luz piscando em um padrão muito rápido, ou até mesmo que durma pouco antes de realizar o exame, porque todas essas coisas podem facilitar a visualização do padrão de crises no eletroencefalograma.

Tempo Até o Diagnóstico

Crises de ausência podem demorar meses ou até mesmo anos até o diagnóstico.

Por que tem esse atraso tão grande? Porque é muito comum que as pessoas confundam as crises de ausência com devaneios ou simplesmente falta de atenção.

As crises de ausência têm maior probabilidade de afetar as crianças e prestar atenção é um problema comum para elas e os adolescentes. Como sonhar acordado pode acontecer com frequência também em pessoas durante o trabalho ou na escola por diversos motivos.

Pode ser difícil saber se o olhar fixo é uma convulsão ou não. Muitas vezes, o primeiro indício de que uma pessoa pode estar tendo crises de ausência é quando começa a ter problemas no trabalho ou na escola.

Como Posso Saber a Diferença Entre Crises de Ausência e Devaneios?

Se você está se perguntando se alguém está sonhando acordado ou tendo crises de ausência, aqui estão algumas diferenças importantes para serem observadas:

Sonhar Acordado

É mais provável que aconteça quando alguém estiver entediado (por exemplo, durante uma aula longa, um período mais calmo no trabalho ou alguma atividade mais entediante). Geralmente, esse sonhar acordado inicia lentamente. Ele pode ser interrompido: se alguém chegar, chamar atenção, a pessoa sai daquilo.

E tende a durar por longos períodos até que alguém interrompa (por exemplo, a pessoa está ‘viajando’ na aula, olhando para o nada, e isso dura muito tempo até que chega alguém, tipo um professor ou um colega de trabalho, e chama a atenção dela).

Crises de Ausência

Elas podem acontecer a qualquer momento, inclusive durante atividade física ou no meio de uma fala. Geralmente, acontece muito de repente, sem aviso.

A crise não pode ser interrompida (a pessoa está lá, você chama, tenta passar a mão, toca e não sai da crise). E elas terminam por conta própria, normalmente, dentro de um período de 10 a 20 segundos – duram pouco, são autolimitadas.

Como são Tratadas as Crises de Ausência

Com medicamentos para convulsão, que podem ajudar a prevenir as crises, sendo fundamental a consulta com o médico neurologista da sua confiança para tal.

Se você conhece alguém que tenha crises de ausência ou pode até mesmo estar sonhando acordado, devaneando, e não sabe se isso é uma crise de ausência ou simplesmente um devaneio, mande o link deste conteúdo, pois pode estar ajudando a reconhecer um problema que é grave, sério e tem tratamento.

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