Aneurisma Cerebral

Aneurisma Cerebral – Etiologia

Aneurisma Cerebral. Se você quer saber o que é um Aneurisma – algo que você já ouviu falar, tem medo e que talvez até possa ter um dia –, fique até o final desse artigo, que o Dr. Felipe Vilar, Neurocirurgião da Clínica Regenerati e Coordenador de Serviço do Hospital Mário Covas, da Faculdade de Medicina do ABC, na área de Neurorradiologia Intervencionista, irá explicar sobre o assunto.

O objetivo de hoje é discutirmos sobre aneurismas e patologias vasculares, mas focando, principalmente, em aneurismas, para poder dar todas as informações para vocês a respeito dessa patologia que é muito prevalente nas populações brasileira e mundial.

O que Acontece Quando Há uma Ruptura do Aneurisma?

O aneurisma é uma fragilidade da parede da artéria e quando ela se rompe, existe um sangramento. Enquanto isso, o cérebro é envolto por uma membrana, chamada meninge. E quando este sangramento ocorre, ele irrita a meninge.

Então, inevitavelmente, a pessoa tem uma dor de cabeça – uma cefaleia, como costumamos falar – muito atípica; uma dor que a pessoa fala “eu nunca tive isso na minha vida”; e que costuma ser em trovoada e muito potente.

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Nesse momento, temos que ter alguns cuidados, porque o paciente pode piorar. A ruptura do aneurisma é uma coisa muito grave. Prova disso é que 25% dos pacientes que têm ruptura acabam morrendo em um primeiro momento. Então, tratamos dos demais pacientes.

Desses pacientes que sobrevivem a essa ruptura, muitos ficam em estado grave. E os demais, são tratados em um momento que não é tão adequado. Então, você tem algumas complicações advindas do sangramento.

Por exemplo, dor de cabeça intensa; piora do quadro neurológico, evoluindo para coma; hidrocefalia, que basicamente é uma obstrução do sistema de drenagem do cérebro; vasoespasmo, em que a estenose, que é o estreitamento das artérias cerebrais em função do sangue que está ao redor dessas artérias, pode provocar isquemias cerebrais graves.

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Então, o diagnóstico precoce dessa patologia é muito importante, porque nós temos uma prevalência gigantesca. Estima-se que hoje, nos Estados Unidos, nós tenhamos 6 milhões de pessoas com aneurisma cerebral que não sabem que têm esse problema. E quando se sabe, o tratamento é muito mais fácil e com menos riscos para o paciente.
Caso contrário, a partir do momento em que há um sangramento, o paciente corre riscos de complicação e de óbito muito grandes. Então, é importante que tenhamos esse diagnóstico precoce.

Tipos de Aneurismas Existentes

Atualmente, sabemos que 2 a 5 por cento da população mundial têm aneurismas cerebrais e desconhece que tem. Por isso a importância de alertar sobre a sua existência e como proceder.

Portanto, o objetivo do artigo de hoje é saber como ele se apresenta, como o diagnóstico é feito e como podemos tratar esse tipo de problema, que aflige grande parte da população mundial.

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Diante disso, é importante saber que temos 03 tipos de aneurismas: os saculares, os blisters e os fusiformes. E basicamente, eles são assintomáticos; têm de 3 mm a 6 mm e, muitas vezes, só são diagnosticados de modo incidental.

Geralmente, eles aparecem através de um exame de imagem, como uma angiotomografia ou uma angioressonância, um exame não invasivo, assim como fazemos para outras condições, como, uma endoscopia ou uma colonoscopia para descobrir alguma coisa do trato digestivo.

Através do exame de imagem do sistema nervoso, que costuma durar cerca de 40 minutos, podemos fazer o diagnóstico desses aneurismas. Em seguida, com o resultado pronto, você pode sentar-se conosco e dialogar, para depois orientarmos o melhor tratamento para cada tipo, localização, tamanho e a melhor forma de resolução desse problema.

E como poderão observar em outros artigos da Clínica, existem os acidentes vasculares isquêmicos e os hemorrágicos. A hemorragia subaracnoidea, que provém dos aneurismas, é um tipo de acidente vascular hemorrágico. E hoje, basicamente, temos um número de 500 mil pessoas com rupturas anuais de aneurisma no mundo e sem saber que têm.

O aneurisma, quando descoberto através de um exame de imagem, ou seja, foi um achado de imagens que descobriu aquele aneurisma, pode ser tratado de uma forma muito melhor do que quando a pessoa tem a ruptura e procura um hospital.

Fatores de Riscos do Aneurisma Cerebral

Basicamente, só existem fatores modificáveis e não modificáveis. Os não modificáveis são os fatores genéticos. Por exemplo, se você tem um pai, uma mãe ou um irmão que teve um aneurisma, como eles são seus parentes de primeiro grau, obrigatoriamente precisa fazer uma investigação, que pode ser feita através de um exame de imagem: angioressonância ou angiotomografia, já que a incidência deste diagnóstico nessas pessoas é muito grande.

Outros fatores que podem gerar o surgimento de um aneurisma são o tabagismo; o etilismo crônico; algumas doenças do tecido conjuntivo e alguns achados observados em exames de rotina, como as pessoas que têm rins policísticos.

Nestes casos, há uma prevalência muito maior de aneurismas cerebrais. Logo, se você faz um ultrassom ou uma tomografia de abdômen e diagnostica, por exemplo, um rim policístico, precisa procurar um neurocirurgião, para poder fazer um exame de imagem e diagnosticar o aneurisma.

Como Proceder Após o Diagnóstico

Depois que o diagnóstico é feito, não necessariamente é preciso de tratamento; tudo depende do tamanho dele. Por isso é importante procurar um especialista. Por exemplo, se você tem um aneurisma pequeno, não necessita de tratamento cirúrgico, nem endovascular; basta fazer um acompanhamento rotineiro, como é feito com uma doença crônica, como hipertensão, quadro de diabetes e assim por diante.

Mas, se você tem um aneurisma maior que 03 mm, ele deve ser devidamente tratado antes da ruptura, porque se tem um prognóstico muito melhor, mais rápido e o paciente tem uma vida normal, ou seja, esta condição não afeta o comportamento da vida da pessoa após o tratamento.

E para isso, levamos em consideração 02 tipos de tratamento: o cirúrgico, que é feito através de uma craniotomia, ou seja, de uma cirurgia no crânio, que inclusive, foi o primeiro tratamento, que surgiu a partir da década de 60 e 70, com a microcirurgia, difundida por Yasargil.

E em 1991, surgiu o tratamento endovascular, que hoje é muito difundido. Somente na Europa, atualmente, cerca de 90% dos aneurismas são tratados por via endovascular. No Brasil e nos Estados Unidos, 50% são tratados através de cirurgia e os outros 50%, através da via endovascular.

Mas, logicamente que isso vai depender da avaliação do seu médico, que irá analisar o tamanho, a localização e te orientar sobre qual é a melhor forma de tratamento para o seu aneurisma específico.

Assim, as pessoas que têm aneurisma nunca devem se desesperar, porque, quando existe um achado de exame, deve-se procurar um profissional – um neurocirurgião ou um neurorradiologista intervencionista – para ele ver qual é a melhor forma de fazer esse tratamento.

Na Clínica Regenerati, nós temos uma equipe enorme de neurologistas em todas as áreas que vai poder te orientar sobre qual é a forma mais indicada de tratamento e quem é o melhor profissional para te atender, caso você tenha um aneurisma.

Mas aqui, só fazemos esse tipo de tratamento. Nós temos uma experiência grande, atuamos nos melhores hospitais de São Paulo para poder dar o melhor tratamento para o nosso paciente.

Aneurismas e a Relação com a Dor de Cabeça

O aneurisma é mais prevalente nas mulheres do que nos homens, assim como elas normalmente, têm mais dor de cabeça. Mas isso não está necessariamente associado ao aneurisma, porque as mulheres têm uma incidência muito maior de enxaqueca, de dor de cabeça e de cefaleia tensional. E o aneurisma só dá dor de cabeça quando existe a ruptura e, consequentemente, o sangramento. Então, ele está dentro dos acidentes vasculares encefálicos hemorrágicos.

Logo, se tiver uma dor de cabeça que nunca sentiu antes e que foge ao padrão, existe a possibilidade de ter havido uma ruptura. E nessas situações, se procura um pronto socorro ou um hospital para você poder ser diagnosticado.
Mas saiba que, independentemente do quadro, nós estamos aqui para conversar melhor a respeito de algumas características e para dar toda a assistência aos pacientes sempre que preciso, seja no ambiente da Clínica, seja no ambiente hospitalar.

Dito isso, é importante que vocês aguardem e fiquem atentos às novidades não só sobre aneurismas, mas também sobre outros temas que o grupo de neurologistas, neurocirurgiões e neurorradiologistas da Clínica Regenerati podem passar para vocês.

Estamos à disposição para esclarecer mais dúvidas e poder fazer artigos que interessem a vocês e sobre temas que vocês venham a sugerir para agregar no conhecimento das mais diversas patologias do sistema nervoso central.

Assista ao vídeo abaixo e compreenda melhor este assunto:

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