Vacinas para Doença de Alzheimer

Alzheimer – Vacinas para Doença de Alzheimer

Se você quer saber sobre Vacinas para a Doença de Alzheimer, fique até o final deste artigo, porque o Dr. Willian Rezende do Carmo, médico neurologista e que no seu canal do YouTube fala sobre Dor, Sono, Parkinson, Emoções, Alzheimer e tudo que está ligado com a Neurologia, vai explicar sobre isso.

Vacinas para Doença de Alzheimer

Neste conteúdo, vamos abordar sobre o que é a Doença de Alzheimer, os tratamentos que estão disponíveis, se existe cura ou controle da condição, o que já se sabe sobre as vacinas para o Alzheimer e se são uma realidade e realmente eficazes.

O que é Doença de Alzheimer?

A Doença de Alzheimer é uma condição degenerativa, progressiva e que causa perda de memória e de outras capacidades neurológicas, como linguagem e de se orientar no tempo e espaço, por exemplo.

Tipicamente, ela acomete pessoas acima de 65 anos de idade e tem causas tanto genéticas quanto ambientais, como estilo de vida e outras comorbidades médicas.

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A condição traz grande impacto na qualidade de vida do próprio paciente e também outros grandes impactos na vida das pessoas que estão envolvidas na vida desse doente.

A Doença de Alzheimer é uma das doenças mais caras que existem, porque gera muitos custos, toma tempo de todo mundo que está envolvido com a patologia e acaba sendo isso por muitos anos seguidos.

Então, é um problema de saúde pública e que cada vez é mais relevante porque tem pessoas de mais idade, estão vivendo mais, tem mais pessoas acima de 65 anos e cada vez mais teremos mais indivíduos com a possibilidade de desenvolver Doença de Alzheimer.

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Tratamentos Disponíveis para o Alzheimer

Os tratamentos disponíveis ajudam nos sintomas, mas não retardam a evolução da doença. Isso significa que ela vai progredir do mesmo jeito, mesmo que tome os medicamentos

Mas isso não significa que sejam inúteis, porque servem para ajudar os sintomas do paciente e trazer uma qualidade de vida melhor enquanto estiver utilizando os medicamentos.

Eles são os anticolinesterásicos, servem para aumentar a acetilcolina nos neurônios e isso são alguns tipos de medicamentos, como a rivastigmina, galantamina, donepezila.

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Eles melhoram alguns dos sintomas da doença, como a memória, por exemplo, mas não a torna perfeita como era antes, é uma ‘melhorinha’ significativa. São indicados para todas as fases da doença, desde a fase inicial, que é mais de leve a moderada, até as fases grave ou avançada.

Temos também os medicamentos que são os antagonistas do NMDA, que incluem o glutamato, podendo ser tóxico aos neurônios e ter um excesso de ativação de glutamato. E a memantina é um medicamento indicado para as fases moderada e avançada da patologia, e ajuda a melhorar as escalas de atividade de vida diária dos pacientes.

Se a doença já está avançada, muito importa se a pessoa ainda está conseguindo fazer as coisas da vida dela, mesmo que já não esteja com tanta memória, mas se consegue se cuidar, se vestir, se alimentar.

Existe Cura ou Controle da Doença de Alzheimer?

Primeiramente, não existe cura, é uma doença incurável, degenerativa e progressiva. Ela não tem nenhum elemento que fale “a pessoa tomou isso e curou do Alzheimer, ficou livre dos sintomas, da doença”.

Não existe nada disso ainda na Medicina, não pelo menos até hoje. Tomara que venhamos a desenvolver, em algum momento, a cura da Doença de Alzheimer, porque é uma patologia que vai afetar muitas pessoas e cada vez mais porque elas estão envelhecendo.

No controle da doença já existem algumas coisas que podemos fazer, como o das medidas comportamentais e de comorbidades que afetam a patologia também. Exemplos de coisas que podemos fazer são a atividade física, 150 minutos por semana; nutrição adequada com dieta anti-inflamatória, como a mediterrânea; atividade mental, que é a pessoa mantendo o cérebro ativo o tempo todo, como com estudos, línguas novas e novos aprendizados.

O controle do sono, que é muito importante para tratar caso a pessoa tenha uma apneia do sono ou um sono fragmentado, entrecortado ou que é muito superficial, que não tem as fases profundas do sono; se tem doenças mentais, como depressão, ansiedade que não estão tratadas – se forem tratadas, isso também melhora, diminui o risco de desenvolvimento do Alzheimer.

Se tem doenças metabólicas, como hipertensão, diabetes, colesterol, isso tudo igualmente pode afetar o risco de desenvolver a Doença de Alzheimer; e também, por último e não menos importante, o tratamento para perda de audição, que é uma causa muito importante de demências e da Doença de Alzheimer – se tratamos a perda de audição, o risco da pessoa desenvolver a condição é muito menor.

Então, tudo isso já podemos fazer hoje, no dia a dia, como uma forma de controle, de prevenção da Doença de Alzheimer e de retardo da sua evolução.

Existe também uma possibilidade futura com os anticorpos contra as proteínas beta-amiloides. Já têm estudos mostrando a eficácia deles, mas ainda não foram liberados como medicamentos para uso comercial, comum e corrente.

Eles são o lecanemab e o donanemab. Tanto um quanto o outro já têm estudos de fase III mostrando que conseguem retardar em mais ou menos 30% a taxa de progressão da Doença de Alzheimer em fases iniciais e / ou até mesmo moderadas. Mostraram que são seguros e têm essa eficácia real e comprovada.

Eles têm anticorpos contra as proteínas beta-amiloides para serem retiradas as proteínas e as placas delas do cérebro. Mas é uma possibilidade futura porque ainda não estão disponíveis como um tratamento de controle da condição, porém, possivelmente, provavelmente, serão.

Outra possibilidade é com a semaglutida, um medicamento para o tratamento de diabetes e também muito utilizado para perda de peso. Ela é um análogo de glucagon, de GLP-1, que também reduz a inflamação do corpo de maneira geral – isso já foi comprovado em outros estudos e, agora, já tem uma base de estudo que, provavelmente, reduza também a neuroinflamação e, possivelmente, pode retardar a evolução da Doença de Alzheimer.

Eles já estão sendo coletados, os pacientes e dados, para um estudo de fase III com a semaglutida para ver se possivelmente vai retardar a taxa de evolução da Doença de Alzheimer.

Isso tudo é o que temos até hoje para a possibilidade de controle da Doença de Alzheimer.

O que já se Sabe Sobre as Vacinas para Alzheimer?

Antes de mais nada, se você está gostando deste conteúdo, escreva nos comentários o que acha sobre a Doença de Alzheimer, quais são suas perspectivas sobre o controle dessa doença que afeta várias pessoas na nossa vida. Todo mundo conhece algum idoso ou alguém que a tem ou já teve.

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Existem dois tipos de vacinas relacionadas ao Alzheimer.

O primeiro é uma vacina que está ainda em estudo, que é duplo-cego, randomizado, aleatorizado, ou seja, que tem medidas de segurança para quando for afirmar se algo funciona ou não, caso essa informação seja verdadeira.

São métodos que trazem muita segurança para que esse estudo, se for relatar que aquela vacina funciona ou não, tenha um grau de força, de evidência muito grande. A chance dele ser verdadeiro é muito grande.

O objetivo do estudo é induzir uma resposta imune no corpo com a substância ALZ-101 para que o corpo possa produzir anticorpos contra oligômeros de beta-amiloide, que são tóxicos para os neurônios e estão envolvidos no processo do desenvolvimento da Doença de Alzheimer.

A expectativa é que se a vacina funcionar, seja possível retardar a evolução da condição ou até mesmo preveni-la em pessoas que tenham risco de desenvolvê-la, pelo fato do sistema imune conseguir limpar cada vez melhor os oligômeros de beta-amiloide.

O segundo tipo de vacina são aquelas destinadas para outros patógenos, não diretamente à Doença de Alzheimer, como vacina para Herpes-Zóster, ‘pneumococcus’, que são bactérias que causam pneumonias, para tétano, difteria e coqueluche.

Em um estudo de acompanhamento populacional – isso significa que pegou um grande número de pessoas –, fizeram uma correlação da carteira de vacina delas com o que aconteceu ao longo do tempo.

Pode-se observar que as pessoas que receberam a vacina contra tétano e difteria têm uma probabilidade 30% menor de desenvolver Doença de Alzheimer após os 65 anos de idade. Quem recebeu a vacina como do Herpes-Zóster foi associado a um risco reduzido de 25% de desenvolvê-la, também na mesma faixa etária. Na vacina pneumocócica, foi observado que houve uma redução de 27% de risco no desenvolvimento do Alzheimer.

E há 01 ano, a mesma equipe deste estudo descobriu que as pessoas que receberam pelo menos 1 vacina contra influenza, a gripe comum, tinham 40% menos chance de desenvolver os sintomas do Alzheimer após os 65 anos de idade.

Essas vacinas que são para outras doenças, demais infecções, parecem que têm um mecanismo de funcionamento que é muito complexo e, possivelmente, podem mudar a forma como o sistema imunológico responde às proteínas tóxicas aos neurônios, como, por exemplo, os oligômeros beta-amiloides, e assim aumentar a eficácia de eliminação dessas toxinas pelo sistema imune, o que levaria a uma menor chance de desenvolver a patologia.

As Vacinas são uma Realidade? São Realmente Eficazes?

As vacinas são uma realidade sim, só que a específica para o Alzheimer, a ALZ-101, ainda está em fase de pesquisa e não sabemos qual é o nível de eficácia dela ainda.

Já as vacinas contra os patógenos, como ‘herpes’, gripe, tétano, ‘pneumococcus’, já estão disponíveis normalmente e têm uma agenda de indicação para cada faixa etária e suas respectivas repetições de doses, como, por exemplo, o tétano é a cada 10 anos.

Essas vacinas já têm a eficiência definida na prevenção da doença, que vai mais ou menos entre 25% e 30% menos risco de desenvolver a patologia.

Se você conhece alguma pessoa que tenha a Doença de Alzheimer ou, possivelmente, possa estar em risco de desenvolvê-la, mande o link deste artigo para ela ou um familiar dessa paciente, pois pode ter uma chance de fazer algo que retarde a evolução da doença.

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