Termografia no Diagnóstico da Neuropatia Diabética

Termografia no Diagnóstico da Neuropatia Diabética

Termografia, um diferencial diagnóstico quando o assunto envolve determinadas condições médicas, trata-se de um exame indolor que capta o calor emitido pelo corpo quando há anormalidades no fluxo sanguíneo em regiões disfuncionais ou doentes.

No caso da Neuropatia Diabética, as câmeras infravermelhas térmicas evoluíram ao ponto de conseguirem identificar a radiação térmica natural emitida pelo corpo, sendo uma técnica eficaz para o seu diagnóstico precoce, especialmente diante de fibras finas autonômicas, que são comumente associadas a um quadro subclínico.

Uso da Termografia no Diagnóstico da Neuropatia Diabética

Primeiramente, a neuropatia diabética é considerada uma complicação vascular comum do diabetes e trata-se de uma polineuropatia, uma lesão de vários nervos do pé, que inicia-se com dormência dos dedos, caracterizada por dor ardente ou lancinante nas mãos ou nos pés de quem tem diabetes.

No caso, a termometria cutânea, como igualmente é conhecida, costuma ser indicada para o diagnóstico precoce da neuropatia diabética e de suas alterações vasculares, uma neuropatia sensório-motora, capaz de identificar e prevenir o risco de lesão no pé.

Assim como é útil, quando realizada em conjunto com outros exames, para orientar em relação à terapia adequada e otimizar o acompanhamento médico do quadro apresentado.

Isso porque, em pacientes com diabetes, a atividade vascular nas extremidades, especialmente na região dos pés, tende a ser um indício de neuropatia autonômica. E devido ao fato de o tônus vasomotor ser regulado por fibras do sistema simpático neurovegetativo, sua disfunção pode ter relação com padrões de temperatura variados e posterior desvio do fluxo sanguíneo da pele.

Logo, é um método indolor, sem contato, de visualização, documentação e medição dos raios infravermelhos pelo corpo, com emissão proporcional à temperatura da pele e diretamente relacionado ao fluxo de sangue.

Por meio da técnica complementar é possível verificar a presença de características de condições preexistentes, gerando dados suficientes para identificação precoce dos casos de neuropatia periférica de fibras finas, uma complicação comum de diabetes mellitus (DM) que resulta em dor e grave incapacidade funcional, e pode ocorrer em qualquer estágio do diabetes.

Assim, há possibilidade de rastrearmos a neuropatia diabética para conseguirmos fazer um diagnóstico precoce e, consequentemente, controlarmos, de forma efetiva, os seus fatores de risco e prontamente iniciar o tratamento.

Neuropatia de Fibras Finas

Diante de um quadro como esse, os sinais costumam envolver dor e queimação nos pés, e alteração da sensibilidade térmica e dolorosa, apresentando-se precocemente com alterações mais discretas em relação às neuropatias sensório-motoras, um considerado indício precedente ao quadro de diabetes.

Recomendações Gerais

De maneira geral, para a realização da termografia, o ideal é que a ingestão de bebidas com cafeína ou demais substâncias vasoativas sejam suspensas por cerca de 8h antes, assim como o uso dos medicamentos prescritos deve ser pausado por 12h.

O paciente é posicionado em uma maca, em ambiente controlado, com os membros inferiores despidos e sem entrar em contato com a superfície. Em seguida, o exame na região plantar é iniciado, com registros de imagens, que incluem um teste do índice de recuperação térmica após submetê-lo a um teste de estresse.

Portanto, ao apresentar sintomas característicos, estar ciente ou desconfiar que possui um ou mais fatores de risco para diabetes mellitus, marque uma consulta com um médico especialista e tenha as chances de confirmar o diagnóstico de Neuropatia Diabética por meio da Termografia e iniciar o tratamento o quanto antes.

Fontes: