Ultrassom Transcraniano se trata de um exame voltado para exibir a ecogenicidade (reflexo das ondas de ultrassom) do tecido cerebral por meio do crânio intacto, sendo normalmente indicado para diferenciar a DP (Doença de Parkinson) de outros distúrbios parkinsonianos. Também serve como uma forma de auxiliar na confirmação do diagnóstico de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade), por exemplo.
Sendo assim, é um procedimento não invasivo, indolor, que não requer anestesia ou sedação, nem há necessidade de um preparo específico, como jejum, por exemplo, e não tem limite de realização, podendo ser feito de acordo com a necessidade e o que o especialista está investigando.
Conceito de Ultrassom Transcraniano
Primeiramente, é válido explicar que o termo ultrassom é aplicado à onda sonora em que a frequência é superior ao que a audição consegue captar. Este aparelho tem um transdutor que a produz e absorve a energia gerada, convertendo-a em um sinal elétrico que é enviado e processado por um computador que gera a imagem mostrada ao profissional que está realizando-o.
Logo, o Ultrassom Transcraniano é um exame de diagnóstico de neuroimagem usado em clínicas, hospitais e consultórios, que registra detalhes sobre o cérebro por meio de estímulos sonoros e comumente é indicado para confirmação ou não do diagnóstico de distúrbios do movimento.
Ultrassom de Substância Negra
O ultrassom transcraniano de substância negra, também conhecido como ultrassom transcraniano do mesencéfalo ou para avaliação do parênquima cerebral, é destinado à avaliação da ecogenicidade da substância em questão (uni ou bilateral), que caracteristicamente é encontrada em uma porcentagem superior a 90% das pessoas que têm Doença de Parkinson idiopática.
Esse tipo de exame igualmente pode ser solicitado como um complemento, por sua capacidade de avaliar determinadas estruturas intracranianas mais profundamente em relação aos outros tipos de procedimentos, como o Doppler Transcraniano, por exemplo.
Diante disso, as imagens geradas permitem uma melhor avaliação da substância negra, uma pequena área do cérebro em que estão localizados os neurônios responsáveis pela produção de dopamina (neurotransmissores que levam informações para as áreas do cérebro que comandam os movimentos). Logo, é comumente voltado para identificar indícios da Doença de Parkinson, diferenciando de outras condições parkinsonianas e até mesmo relacionadas ao movimento.
Indicações do Ultrassom Transcraniano
Conforme brevemente citado, tal exame de imagem tende a ser solicitado para os diagnósticos de DP e TDAH, mas igualmente serve para outras áreas da medicina e da Neurologia, como na avaliação de síndromes parkinsonianas atípicas e das pernas inquietas, algumas distonias e da doença de Wilson, por exemplo.
Diagnóstico da Doença de Parkinson
No caso da investigação de um diagnóstico de DP, o Ultrassom Transcraniano tende a ser indicado para detecção de risco e quando há uma suspeita do quadro, principalmente no início (diagnóstico precoce), e/ou necessidade de diferenciá-la das demais síndromes parkinsonianas (atípicas e secundárias), auxiliando na recomendação da terapia com levodopa e no tratamento neurocirúrgico, se a condição for confirmada.
Ou seja, por meio dele é possível observar a hiperecogenicidade da substância negra nesses pacientes, que prevalentemente tende a ser alta em comparação com pessoas que têm outros distúrbios parkinsonianos, em que se consegue, posteriormente, comparar as estruturas cerebrais com outros métodos de neuroimagem.
Sendo assim, o exame de Parkinson tem sido solicitado com mais frequência nas últimas duas décadas para diagnosticar a Doença, assim como outros distúrbios do movimento, principalmente no início da condição, em que os critérios clínicos e a análise médica necessitam de um auxílio mais detalhado.
E além do ultrassom transcraniano de parênquima cerebral para estudar o cérebro, o médico especialista em Neurologia também considera para a confirmação do diagnóstico, dentre outros sintomas, incluindo os não motores, os achados clínicos de bradicinesia, a rigidez, o tremor de repouso e a instabilidade postural, que tendem a ser identificados em fases mais avançadas da condição.
Diagnóstico de TDAH
O ultrassom transcraniano também pode ser indicado para o diagnóstico de TDAH, por conta da sua facilidade em acessar a estrutura da substância negra, sendo as alterações do mesencéfalo associadas aos sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade.
Lembrando que tal condição é caracterizada por sinais de desatenção, impulsividade e hiperatividade de forma combinada ou com predominância de um deles, e com o nível do último pilar diminuindo quando a pessoa se encontra na fase adulta, tendendo a apresentar um sintoma de ansiedade.
Ao longo de estudos, constataram que o exame para Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade proporciona uma avaliação da função do sistema dopaminérgico, assim como serve para identificar se a hiperecogenicidade da substância está associada às alterações no aprendizado, na função motora e no sistema de recompensas.
E do mesmo modo que acontece na DP, para a confirmação do diagnóstico ou orientação em relação ao tipo de quadro a ser apresentado pelo paciente, o médico especialista em Neurologia tende a levar em consideração, além do exame para TDAH, as características dos sintomas, sendo eles apresentados de forma combinada ou predominante, e o período em que persistem; e as observações dos amigos, familiares e das pessoas do seu círculo social e profissional.
Ultrassom Transcraniano na Clínica Regenerati
Na Clínica Regenerati é possível utilizar a técnica de Ultrassom Transcraniano para diversos fins, tais como, identificação de doenças psiquiátricas e parkinsonianas; análise dos nervos ópticos e periféricos; e estudo de músculos, tendões e articulações.
Sendo assim, entre em contato conosco e marque uma consulta com um especialista em Neurologia ou mesmo agende o seu exame de Ultrassom Transcraniano de acordo com a disponibilidade dos nossos profissionais, as recomendações, a sua preferência e a rotina.