O que é e como prevenir o AVC?
O que é o AVC? Existem dois tipos de AVC, o isquêmico e o hemorrágico. O AVC Isquêmico normalmente acontece quando se tem um coágulo que acaba entupindo um vaso do cérebro. Nesse entupimento fará com que ocorra morte do tecido cerebral que leva aos sintomas neurológicos que serão o AVC. Se esses sintomas não forem tratados de forma rápida e eficiente poderão se tornar sequelas. Já o AVC Hemorrágico ocorre quando há uma ruptura de um dos vasos sanguíneos.
Os dois tipos de de AVC são situações muitos grave que é necessário serem tratadas. O AVC hemorrágico é ainda mais grave que o isquêmico, sendo assim tendo mais chance de mortes e sequelas a longo prazo.
Fatores de risco
O principal fator de risco para se ter esse tipo de doença é a idade, infelizmente não se pode mudar isso. Há outros fatores que são “modificáveis”, como a hipertensão. A hipertensão arterial sistêmica é responsável por cerca de 40% de todos os AVCs. Então isso é algo que se tem necessidade de ser tratada. No Brasil a hipertensão é o tipo de doença que ainda é muito negligenciada, principalmente por ser silenciosa. Portanto é sempre importante medir a pressão arterial para que seja descoberta uma hipertensão precocemente.
Outros fatores são a diabete e o colesterol elevado, que assim como a hipertensão é uma doença silenciosa, sendo que ela aumenta com a idade e a obesidade. A diabete nada mais é que a quantidade de açúcar elevado no sangue de maneira persistente, sendo que a própria insulina do corpo não seja capaz de diminuir essa quantidade de açúcar. Ao longo prazo esse açúcar acaba sendo tóxico para as células de todo o corpo e isso pode levar a formação de placas de gordura e eventualmente a um AVC. Mais um fator é o tabagismo, ou seja, infelizmente quem fuma tem duas vezes mais de ter um AVC do que quem não fuma. Sendo muito importante reconhecer que é necessário parar de fumar.
Além dos que já foram citados, um fator que também é muito importante é o excesso de álcool. O álcool acaba se tornando uma faca de dois gumes, porque pequenas doses entre 15 e 30 gramas por dia são benéficas para a saúde. No entanto o uso indiscriminado diário em grandes quantidades aumenta, principalmente, o risco de ter um AVC.
AVC e derrame são a mesma coisa?
Sim, eles são a mesma coisa. Como foram consagrados pelo uso popular, foi decidido que um acidente cerebral vascular e um derrame são a mesma coisa.
Como é possível reconhecer um AVC?
Um AVC pode se apresentar de diversas maneiras, mas a mais simples é a que chamamos de déficit neurológico focal. Isso geralmente é quando um paciente apresenta uma fraqueza de um lado do corpo, uma boca torta, uma dificuldade de sorrir, uma perda de sensibilidade do lado do corpo etc. Outra coisa que pode acontecer é a pessoa perder a habilidade de se comunicar, tanto se entender o que está sendo falado e também emitir falas.
Existe um lembrete q é chamado de S.A.M.U., que é: sorria, abrace, música e urgente. Não conseguir sorrir, abraçar, cantar e entender músicas é um sinal que a pessoa pode estar tendo um AVC. O “urgente” quer dizer q isso tem q ser tratado o mais precocemente possível, que é o que trará os melhores resultados.
O que pode ser feito depois de se reconhecer um AVC?
De imediato é necessário ligar para um serviço de socorro, ou levar essa pessoa para um hospital mais próximo. O necessário para esse caso é a tomografia, e um remédio que se chama trombolítico, portanto evite levar essa pessoa para um lugar com baixa infraestrutura. O importante depois de se reconhecer o AVC é também ir para o lugar certo, para que você seja atendido de maneira rápida e correta.
Ao longo dos anos surgiu um tratamento que se chama trombectomia mecânica. Assim como o cateterismo que é feito para o infarto, é o tipo de tratamento que retira o coágulo do vaso sanguíneo. Porém esse tratamento só funciona se for feito em até 24 horas depois do AVC.
Autor: Felipe Borelli