Estimulação Magnética Transcraniana EMT para Alzheimer
A necessidade Estimulação magnética transcraniana para Alzheimer. Doença de Alzheimer é uma doença extremamente debilitante e está se tornando um problema social para o mundo inteiro devido o aumento da sua prevalência pelos simples fato que as pessoas estão vivendo mais e quanto maior o envelhecimento da população maior a chance de aparecer pessoas com diagnóstico de doença de Alzheimer. A doença de Alzheimer ainda é uma doença neurológica degenerativa, progressiva e que não temos tratamento curativo, pelo menos ainda. Com a evolução da Medicina está chegando cada vez mais elementos para poder retardar a evolução do Alzheimer, como a evidência científica para a atividade física, uma dieta tipo dieta mediterrânea, a qualidade do sono e controle emocional. Também chegaram medicamentos de anticorpos contra betameloide que já comprovaram um retardo da evolução da doença em cerca de 35%. Tem outro estudo em progresso que é com medicamento análogo de glucagon GLP 1 como a Semaglutite para retardo da evolução da doença de Alzheimer. Apesar de todos esses avanços ainda se faz necessário um maior número de ferramentas para que se possa retardar ao máximo a evolução da doença de Alzheimer. Por isso é tão necessário estudos sobre a estimulação magnética transcraniana como uma ferramenta de possível retardo da evolução da doença. E como os estudos indicam já temos evidências de que a estimulação magnética transcraniana pode ajudar a retardar a evolução dos sintomas da doença de Alzheimer como vamos ver a seguir.
O que é a estimulação magnética transcraniana
Estimulação magnética transcraniana é uma técnica pela qual é possível influenciar a atividade dos neurônios do cérebro, seja ou excitando eles ou inibindo-os. O cérebro funciona como um processador biológico, os neurônios funcionam com atividade elétrica e isso gera o processamento de dados pelo cérebro que controla todo o corpo e gera todas as demais vivências psíquicas e mentais que nós temos. Esse processador biológico tem compartimentos localizados para cada função, área da visão, área da motricidade, área da sensibilidade, área da audição, área do raciocínio lógico, área das emoções e assim por diante. Podemos interferir na atividade dos neurônios com campos magnéticos e estes campos magnéticos geram potenciais elétricos em áreas muito específicas do cérebro e essa atividade elétrica criada pelos campos magnéticos, pode ser de uma forma excitatória ou inibitória para os neurônios, a depender da frequência dos disparos. Então, se a gente quer inibir uma área relacionada à ansiedade no cérebro, coloca-se as bobinas do aparelho sobre aquela área e ela vai produzir campos magnéticos em forma de pulsos numa frequência que irá inibir a atividade dos neurônios naquela região, tratando assim a ansiedade. Caso a pessoa tenha uma queda da atividade neuronal relacionada ao foco, a atenção, ao bem-estar, ao prazer e ao interesse na vida a gente pode pôr a bobina sobre a região correspondente a essas características e aplicar ondas magnéticas numa frequência que estimulem os neurônios e dessa forma poder ajudar no tratamento de uma depressão, por exemplo.
Como é realizada
Apesar da estimulação magnética transcraniana para doença de Alzheimer não ter recebido a aprovação pelo FDA, que é o órgão regulador americano para liberação de uso terapêutico, as evidências de que ela funciona estão numa crescente. Mesmo não sendo liberada pelo FDA, o uso clínico é liberado de evidências da sua eficácia e a técnica é extremamente bem tolerada e praticamente sem efeitos colaterais. O que muda com a não liberação é que os convênios não são obrigados a pagar pelo procedimento e nem o SUS. Então isso significa que a técnica pode ser utilizada, mas ainda não é obrigatória a cobertura dos custos pelos convênios. Isso só ocorre após aprovação do FDA e dos demais órgãos regulatórios sobre o uso da técnica em cada país.
Uma sessão típica de estimulação magnética transcraniana para doença de Alzheimer começa com a localização dos pontos cranianos e a marcação desses pontos na toquinha para futuras sessões, assim a gente sabe onde é a região do pré cuneus do cérebro. Então o paciente é posicionado numa poltrona e é realizado testes para descobrir o Limiar motor do paciente, isso significa que a gente aplica pulsos magnéticos na região motora da mão e descobre qual o nível de energia que é necessário para gerar um movimento involuntário da mão do paciente. E é isso mesmo, através da geração da atividade elétrica no cérebro, na região que controla os movimentos daquela mão, a mão vai se movimentar sob o controle do aparelho e não do paciente. Mas isso é somente para saber exatamente o nível de energia que a gente tem que aplicar para aquele paciente específico. Então inicia-se uma estimulação magnética repetitiva excitatória sobre o córtex pré -cuneus do paciente numa alta frequência e numa alta intensidade de pulsos. São realizadas 5 sessões por semana, por 2 semanas. Depois 2x por semana por 4 semanas. Depois 1x por semana por mais 10 semanas, num total de 40 sessões.
Um racional do funcionamento é que além da estimulação por si só dos neurônios, também acontece uma redução da neuroinflamação, uma melhora no fluxo sanguíneo naquele local e também maior estímulo a brotamentos no neurônio. Todos esses estímulos acabariam mantendo os neurônios vivos por mais tempo.
Quais são os resultados esperados
Os resultados que se espera com a terapêutica da estimulação magnética transcraniana é que se tenha uma manutenção clínica do quadro do Alzheimer por pelo menos de 6 meses. O estudo foi realizado comparando o efeito da EMT versus o estímulo SHAM ou estímulo placebo. Após 6 meses o grupo que recebeu o estímulo verdadeiro manteve o quadro clínico estável, enquanto o grupo que recebeu estimulação placebo teve piora clínica no quadro do Alzheimer do paciente. Isso foi avaliado com testes de sintomas da doença de Alzheimer, com testes de funcionalidade na vida prática do paciente e com exames neurofisiológicos. A sequência de estímulos pode voltar a ser repetida a cada 6 meses, mas ainda não tem estudos sobre o que aconteceria com a manutenção dos estímulos a longo prazo.
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