A esquizofrenia geralmente se inicia na fase da adolescência ou a de  jovem adulto e possui uma evolução crônica com grande comprometimento da vida social, profissional e familiar, em decorrência dos prejuízos cognitivos e dos sintomas delirantes e alucinatórios que interferem negativamente no desempenho social do paciente. Pode apresentar características clínicas distintas em cada indivíduo, com respostas diferentes para cada medicação. É importante destacar a importância do uso da medicação na esquizofrenia nos últimos anos, pois facilitou consideravelmente a reabilitação psicossocial destes pacientes com diminuição do número de internações entretanto, a adesão medicamentosa ainda representa uma dificuldade para muitos sendo necessário medicações de depósito e internações para estabilizar os períodos de crise. A eletroconvulsoterapia (ECT) ainda é indicada em alguns casos, apesar do estigma que este procedimento ainda carrega, entretanto sua realização segue um protocolo rigoroso, feito em ambiente protegido com monitoramento de anestesista e psiquiatra, sem dor para o paciente.

É importante frisar também a importância do acompanhamento psicológico e da terapia ocupacional, para trabalhar com questões relacionadas a habilidades sociais, assertividade e melhora na capacidade de comunicação. A participação da família no processo terapêutico é essencial, e como há um desgaste emocional intenso dos familiares no cuidado do paciente com esquizofrenia, é sugerido também ao familiar acompanhamento psicológico e em grupos de ajuda mútua, estes últimos de preferência com boas referências e orientados por profissionais.