Como é Transmitido o Coronavírus
Como é Transmitido o Coronavírus. O maior risco mesmo é de aglomeração, de pessoa a pessoa; por isso, o distanciamento social é tão importante para diminuir o ciclo de propagação desse vírus.
Eu sou a Dra. Keilla Freitas e quero conversar um pouquinho com vocês sobre as formas de transmissão do Sars-CoV-2, o vírus que causa a doença, a COVID-19.
Como é Transmitido o Coronavírus
Principal Forma de Transmissão do Coronavírus
A principal forma de transmissão é a direta, de pessoa a pessoa. A primeira coisa que temos que entender é que a pessoa não precisa estar se sentindo doente para poder transmitir o Sars-CoV-2; ela pode estar em um período de incubação – ou seja, aquele tempo entre o momento em que se pega o vírus até o momento em que se desenvolvem os sintomas da doença – e ainda assim já está transmitindo.
Ou mesmo pode ser aquela que vai passar todo o processo de replicação do vírus no organismo sem sentir nenhum sintoma – são as pessoas assintomáticas –, mas que se infecta e é capaz de transmitir o vírus.
Colocamos o vírus para fora através de pequenas partículas que saem dos pulmões, chamadas gotículas. O vírus está dentro dessas partículas e nós expelimos quando falamos; tossimos; espirramos, principalmente.
Quando nós fazemos isso, o vírus sai dentro dessas gotículas e viajam certo tempo, um metro e meio – dois metros quando é um espirro, que acaba passando um espaço maior –, e alcança tudo que estiver no raio de um metro e meio, dois metros, seja superfície ou pessoas, animais, qualquer coisa.
Se estivermos em contato direto com alguém dentro desse raio de distância e ele estiver sem óculos de proteção ou sem a máscara tapando nariz e boca, pode ter contato direto com o vírus mesmo que não esteja falando.
Demais Situações de Contágio
Em algumas situações, como locais muito apertados, com aglomeração de pessoas, em que o ar não recircula – não tem ar novo naquele lugar –, o vírus que está nessas partículas chamadas gotículas podem ficar, essas partículas, um pouco menores, chamadas aerossóis. Nesse caso, o vírus pode alcançar um espaço ainda maior, pois fica flutuando um tempo no ar antes de acabar descendo e caindo na superfície que estiver próxima.
É por isso que em ambientes como restaurantes ou qualquer ambiente fechado o risco de transmissão de uma pessoa para outra, principalmente se houver várias pessoas naquele mesmo local, é maior. Outras situações como áreas abertas, bastante ventiladas, têm um pouco mais de dificuldade de transmissão do vírus.
Se a pessoa que não está infectada toca em alguma superfície na qual caiu a partícula com o vírus e coloca a mão imediatamente em olhos, no nariz ou na boca, ela pode estar se infectando também.
Nós não sabemos ao certo quanto tempo o vírus pode permanecer vivo nesses ambientes – isso varia de acordo com a quantidade de vírus, a temperatura do ambiente, o tipo de superfície, várias situações.
E sabemos que situações como receber produtos pelos Correios ou mesmo pelo iFood são de risco menor. O maior risco mesmo é de aglomeração, de pessoa a pessoa; por isso, o distanciamento social é tão importante para diminuir o ciclo de propagação desse vírus.
Relação entre Coronavírus e Animais de Estimação
Os animais de estimação não são capazes de transmitir o vírus, no entanto, eles podem funcionar como carreadores, ou seja, como transporte.
Se a pessoa infectada deposita as suas partículas com o vírus no cãozinho – no pelo, no corpinho do bichinho – e outra pessoa que não está infectada tem o contato direto com esse bichinho, acariciando e colocando a mão em olhos, no nariz ou na boca, ou mesmo cheirando, abraçando, ela também pode se infectar mesmo que o bichinho em si não fique doente.
Sabemos que pets, como cãezinhos, podem pegar coronavírus, mas não é esse vírus, o Sars-CoV-2, que passa a COVID-19, com o qual estamos tendo tanto problema, são os primos dele, são outros tipos de vírus.
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