Cafeína e Doença de Parkinson

Parkinson – Café e Cafeína, e Doença de Parkinson

Cafeína e Doença de Parkinson. Neste artigo, o Dr. Willian Rezende do Carmo, médico neurologista, fundador da Clínica Regenerati e que no seu canal do YouTube fala sobre Dor, Sono, Parkinson, Emoções e Neurologia Geral, de todos os assuntos que são do seu interesse, vai abordar sobre Café, ou Cafeína, e a relação com a Doença de Parkinson.

Cafeína e Doença de Parkinson

Já tem vários estudos que mostram que o consumo regular da cafeína, ou seja, café ou chás, tem uma redução de cerca de 25% de chance da pessoa desenvolver Parkinson.

Essa afirmação é válida para pessoas que não possuem Doença de Parkinson. Os estudos foram realizados com uma população geral e um desses estudos foi feito também na população asiática.

Essa redução do risco de 25% da Doença de Parkinson tem uma relação dose-resposta linear, mas isso não significa que a pessoa terá que consumir café em doses absurdas até ficar sem dormir para ficar protegida da Doença de Parkinson.

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Quantidade de Cafeína

Essa resposta, dose-resposta linear, significa que se a pessoa consome só um pouquinho, tem menos proteção. Se consome mais, tem mais proteção. Ao consumir muito mais, tem a mesma proteção de alguém que consome moderadamente. Então, não significa que tenha que consumir doses absurdas.

Em outro conteúdo, explicamos a relação do café com o cérebro e friso que o café tem um efeito em ‘U’, ou seja, quem toma uma quantidade moderada tem benefícios maiores em relação a quem não toma nada.

Mas quem toma muito café, chega a ter malefícios devido à excessiva estimulação que a cafeína pode trazer. Então, o recomendado é tomar cerca de 2 a 3 xícaras por dia. Portanto, como cada xícara de café tem cerca de 80 ml a 100 ml de cafeína, o ideal é ficar entre 200 ml e 300 ml de café por dia.

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Efeitos da Cafeína

Postula-se que o efeito neuroprotetor da cafeína é mediado pelo bloqueio do receptor A2A da adenosina. Logo, a cafeína atua como antagonista do receptor de adenosina, diminuindo a neuroinflamação e, ao reduzir a liberação do glutamato, atua também na neurotoxicidade.

E também atua melhorando a função mitocondrial dos neurônios, ou seja, tem estudos mostrando que a cafeína pode reduzir a neuroinflamação e melhorar a função dos neurônios, os mantendo com maior chance de mantê-los vivos, porque a Doença de Parkinson tem o componente inflamatório muito grande na patogênese da doença.

Respostas Científicas

Apesar de não haverem estudos em humanos mostrando que a cafeína possa retardar a evolução da Doença de Parkinson, há estudos em animais demonstrando que a cafeína confere uma neuroproteção contra a neurodegeneração dopaminérgica usando modelos de Doença de Parkinson com toxinas mitocondriais, como MPTP, 6-OHDA ou a rotenona.

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Então, são toxinas que damos para animais que criam modelos de degeneração de células dopaminérgicas, de neurônios dopaminérgicos, que são usados para estudarmos a Doença de Parkinson.

E também na expressão da alfa-sinucleína, portanto, tanto modelos de Doença de Parkinson em animais que afetam os neurônios dopaminérgicos quanto a expressão da alfa-sinucleína são modificados pela cafeína.

Isso pode ser o indicativo de que também possa ter benefícios da cafeína em pacientes Parkinsonianos. Por quê? Já mostrou que em animais a cafeína confere um efeito neuroprotetor.

Lembrando: mostrar que tem neuroproteção em animais não significa obrigatoriamente que tem neuroproteção em humanos, mas pode ser um indicativo, sim, de que também possa ter a mesma neuroproteção em humanos, já que fazemos esse modelo de estudos em animais primeiro para conferir essas hipóteses e depois testamos em humanos.

Conclusão

E mesmo sem estudos para recomendar oficialmente a cafeína para retardar a evolução da doença em humanos, podemos fazer uso da mesma para melhorar a sonolência do paciente parkinsoniano e também em muitos pacientes ajuda a melhorar a função intestinal. Igualmente, obviamente, pode ser consumida simplesmente por gosto do paciente, especialmente se for um bom mineiro como eu.

Esse é o conteúdo mostrando a relação da cafeína com a Doença de Parkinson. Escreva nos comentários o que achou deste artigo, do consumo do café e da cafeína junto da relação do Parkinson, ou até mesmo para as pessoas que não tenham Parkinson.

Caso conheça algum paciente parkinsoniano ou o filho dele, envie o link deste conteúdo, pois a pessoa pode acabar se protegendo mais tendo um hábito de consumo de cafeína regular.

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