
Asfixia Perinatal – Impactos Neurológicos e Importância do Diagnóstico Precoce
Asfixia Perinatal é caracterizada pela ausência de fluxo sanguíneo ou oxigênio suficiente ao bebê antes, durante ou após o parto, podendo causar sequelas neurológicas, como vamos abordar neste artigo.
Impactos Neurológicos e Importância do Diagnóstico Precoce da Asfixia Perinatal
Chamamos de asfixia perinatal ou asfixia no parto quando o recém-nascido apresenta diminuição no fluxo de sangue para os tecidos ou no nível de oxigênio no sangue antes, durante ou após o parto.
Apesar de em alguns casos não ser possível identificar a sua causa, em outros tende a acontecer por causa de desenvolvimento anormal do bebê, doença ou hemorragia materna grave, exposição a determinados medicamentos ou substâncias antes do parto, infecção grave no feto, obstrução do fluxo sanguíneo ao cordão umbilical e ruptura prematura da placenta, por exemplo.
Impactos Neurológicos da Asfixia Perinatal
Entre os impactos neurológicos da asfixia perinatal, a que recebe destaque é a EHI (encefalopatia hipóxico-isquêmica), que acontece diante de lesão cerebral após falta de oxigênio e fluxo de sangue. Estas crianças têm um risco maior de:
- Atrasos no desenvolvimento: comprometimento de aprendizado, fala, habilidades sociais e linguagem;
- Deficiência intelectual: diminuição da capacidade cognitiva e das habilidades de solucionar problemas;
- Distúrbios do movimento: inclui dificuldades de coordenação, espasmos e tremores;
- Epilepsia: crises convulsivas;
- Paralisia cerebral: pode ocorrer impacto na coordenação e o controle motor;
- Problemas de audição e visão
Importância do Diagnóstico Precoce
A importância do diagnóstico precoce está associada ao fato de que quanto antes o diagnóstico é feito, mais rapidamente conseguimos adotar as medidas terapêuticas necessárias, como reanimação e resfriamento (hipotermia), por exemplo, que costumam auxiliar na redução dos danos cerebrais.
Do mesmo modo que conseguimos, como médicos especialistas em Neuropediatria, promover uma melhora da qualidade de vida e do desenvolvimento das crianças, o que pode ser feito por meio de estimulação sensorial, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, por exemplo.
Por isso, para confirmar o diagnóstico de uma asfixia perinatal são avaliados, normalmente, história do parto, relato de complicações durante a gestação e o parto, sinais de sofrimento fetal, índice de Apgar baixo ao nascer, convulsões, flacidez muscular ou coma no recém-nascido, exame neurológico do recém-nascido e ressonância magnética, se necessário.
Portanto, a partir do diagnóstico e de um acompanhamento periódico é possível avaliar a gravidade da lesão cerebral e ajustar, conforme identificação de necessidade, o plano de tratamento que tende a ser traçado, idealmente, por uma equipe multidisciplinar.
Do mesmo modo que é importante fazer um acompanhamento neuropediátrico após receber encaminhamento para acompanhar os Impactos Neurológicos da Asfixia Perinatal ou de demais condições, sempre visando o bem-estar da criança e sua qualidade de vida.