Tontura – Remédios para Tontura
Remédios para Tontura. Se você quer saber sobre os principais medicamentos para as principais Tonturas, fique até o final deste artigo, que o Dr. Willian Rezende do Carmo, médico neurologista, fundador da Clínica Regenerati e que no seu canal do YouTube fala sobre Dor, Sono, Parkinson, Emoções e Neurologia como um todo, vai abordar sobre isso.
Remédios para Tontura – Principais Medicamentos para Tonturas
Neste conteúdo, vamos explicar sobre os principais medicamentos para tonturas como um todo. E antes de tudo, temos que saber o que é a definição da palavra “tontura”, que é qualquer sensação que a pessoa tenha de instabilidade corpórea, seja com ela em pé, sentada ou até mesmo deitada.
A tontura serve para diversos tipos de causas diferentes, de elementos que causem essa instabilidade. Ela é para qualquer coisa que a pessoa se sinta mal, não se sinta plenamente confiante no próprio corpo e plenamente estável, ela tem uma instabilidade corpórea.
E tem diversos tipos de tontura, desde as labirínticas, que são dos processos do labirinto; neurológicas, que afeta a parte do Sistema Nervoso Periférico ou Central; emocionais, em relação à parte das emoções, afetam as tonturas; de hipofluxo cerebral, em que não passa o sangue correto na cabeça; e relacionadas à dinâmica osteomuscular da cabeça, do crânio e da visão.
E é importante saber o correto diagnóstico da causa da tontura da pessoa para que possa ter o correto tratamento, porque não é toda tontura que é labirintite.
Mas existem formas de tratarmos os sintomas de tonturas para podermos melhorar algumas das sintomatologias enquanto a pessoa está com aquela tontura “danada”, que nada melhora e não consegue nem ficar parada, andar nem nada. E utilizamos diversos tipos de medicamentos para tonturas.
Os principais medicamentos que utilizamos para tonturas são anti-histamínicos, bloqueadores de canal de cálcio, benzodiazepínicos, anti-eméticos e vasodilatadores cerebrais. Vamos explicar sobre cada um deles.
É muito importante salientarmos que precisamos entender que esses medicamentos têm que ter a orientação de um médico para que sejam corretos para a pessoa. Apesar de todo mundo consegui-los fácil e livremente, a forma do tratamento da tontura dela tem que ser guiada por um médico porque existem causas graves de tontura.
Já temos outro artigo em que abordamos sobre causas graves de tontura que achamos extremamente importante vocês verem para saberem se podem estar com o risco ou não de uma causa grave de tontura.
Anti-Histamínicos
Entre os medicamentos anti-histamínicos, que atuam também como uma forma até de que seria para combater alergias, mas um medicamento que tem efeito anti-histamínico também tem um efeito muito poderoso em reduzir o centro de náuseas e uma parte do cérebro que está relacionada com a percepção e a sensação de tontura.
Eles não tratam a tontura em si, mas é como se fizessem uma anestesia temporária no centro da tontura do cérebro, em centros relacionados à náusea, instabilidade corporal e ao mal-estar físico associado às tonturas, sendo que os principais deles são a Meclizina, o Dimenidrinato e a Difenidramina.
A Difenidramina, especificamente, é muito utilizada em Pronto-Socorro: a pessoa chega com uma tontura muito forte, agressiva, ou com muita náusea, damos um Dramin na veia que melhora “pra caramba”, ela é muito potente como esse agente inibitório do Sistema Nervoso Central que inibe a tontura, o enjoo, a náusea, vários aspectos da tontura. Não só ela, também o Dimenidrinato e a Meclizina, que têm formas orais e injetável, especialmente da Difenidramina.
E lembrando, os efeitos colaterais dos anti-histamínicos são uma sonolência muito grande, uma letargia, e se a pessoa ficar tomando isso com frequência, mal vai dar conta de ficar em pé. Por isso, utilizamos de maneira mais emergencial para podermos reduzir os sintomas agudos de tontura.
Bloqueadores de Canal de Cálcio
Outra forma de tratar sintomas de tontura – e essa é especificamente nas que têm mais características do labirinto – é por meio dos bloqueadores de canal de cálcio, que são os mais prescritos pelos “otorrinos”, como a Betaistina, que tem uma gama imensa de apresentações comerciais, mas todos são do princípio ativo da Betaistina – a forma mais comum de usar é de 24 mg, duas vezes ao dia.
A flunarizina, que é um medicamento bloqueador de canal de cálcio que também é muito utilizado para vertigens, tonturas e igualmente utilizado mais antigamente, hoje nem tanto, para prevenção de enxaquecas, e a Cinarizina, que também é outro bloqueador de canal de cálcio, muito boa também para as tonturas labirínticas.
O que isso faz? Ela bloqueia o canal de cálcio das células do labirinto e é como se fizesse um amortecimento, uma anestesia do labirinto. Diante disso, ele para de ficar jogando sinais errados. Se o labirinto está mais ou menos normal e o outro não, você toma o medicamento, os dois ficam meio anestesiados e, assim, a pessoa para de ter o excesso de sinais do labirinto e aquela sensação de tontura proveniente do excesso de sinais ou dos sinais errados.
São bons medicamentos, a Betaistina costuma ter menos efeitos colaterais, mas pode ter sim, especialmente doses mais altas e prolongadas; a flunarizina e a Cinarizina, especialmente, têm muitos efeitos colaterais, sendo que os principais são tremores e sintomas parkinsonianos.
E é muito comum idosos queixarem de tonturas, os especialistas passarem Betaistina, flunarizina, Cinarizina, e depois, ficarem mais trêmulos, mais duros ainda, mais parkinsonianos ainda, porque são parkinsonismos, efeitos colaterais relacionados ao medicamento.
E eles também podem, às vezes, causar queda de pressão, porque bloquear o canal de cálcio pode ter uma vasodilatação e, às vezes, isso acaba piorando outro tipo de tontura, como, por exemplo, a de fluxo sanguíneo cerebral.
Benzodiazepínicos
Os benzodiazepínicos são os famosos calmantes, como o Diazepam, o lorazepam, o clonazepam, o alprazolam, os “pams”. Eles são medicamentos muito utilizados para ter um processo de redução aguda de ansiedade e de relaxamento muscular.
Assim como em Pronto-Socorro é muito comum quando a pessoa está em uma crise de tontura e não está tão claro o que é essa tontura. O médico, além de passar um Dramin, passa na veia um Diazepam, porque ele relaxa a musculatura e acalma a pessoa.
Isso acaba tratando muitos sintomas de tonturas relacionadas às emoções e até da tontura relacionada à contratura muscular de certos músculos do pescoço e até da mandíbula também colaboram muito com um tipo de tontura.
Então, os benzodiazepínicos são muito bons para dar uma redução muito forte, muito aguda, de diversos tipos de torturas e são também bem tolerados. E, lógico, o principal efeito colateral deles é a sonolência, é a sedação que eles fazem e tem que tomar um justo cuidado porque os benzodiazepínicos podem ter interação com outros medicamentos e também com álcool, e isso somar efeitos colaterais.
E nunca é para ficar tomando um benzodiazepínico como um tratamento único e a longo prazo, sempre tem que buscar a causa da tontura para poder tratá-la corretamente. Além disso, são medicamentos tarja preta; se a pessoa continuar utilizando a longo prazo, vai tendo tendência de querer, precisar, de doses cada vez maiores. Mas como um medicamento de uso agudo, emergencial, é muito bom.
Antieméticos
Existem também os antieméticos, medicamentos que atuam no centro do vômito e são fundamentalmente focados para inibir as náuseas e os vômitos. Inibindo o centro do vômito, é muito comum melhorar uma gama de tonturas, porque por lá passa uma grande parte de sensações relacionadas às torturas. E sendo que temos medicamentos clássicos, como a clorpromazina, a prometazina, que são de uma família farmacológica, temos a Metoclopramida e a Domperidona.
A clorpromazina e a prometazina têm efeitos antieméticos e sedativos, e ambas ajudam muito a reduzir uma gama grande de sintomas de tonturas. Mas têm efeitos colaterais importantes, como queda de pressão, não podem ser ministradas para a pessoa tentar, “ah, vou controlar minha tontura e sair dirigindo”, é fácil da pressão cair e a pessoa ficar mole.
Já a metoclopramida pode ser utilizada também para tonturas, especialmente como componente gástrico muito grande, a Domperidona também, mas a Metoclopramida, especialmente, tem um efeito antidopaminérgico e pode dar muito efeito extrapiramidal, é muito comum a pessoa ter acatisia com o plasil ou a Metoclopramida. A pessoa melhora da tontura, mas dá uma gastura, aquela vontade de fugir, de sair andando, sair correndo.
A Domperidona é muito mais difícil de ter isso, tem que ser em doses muito maiores e em pessoas muito mais sensíveis, mas a Metoclopramida tem com isso facilmente. Mas ambos medicamentos e todos esses antieméticos, na verdade, são muito bons para poder tratar as tonturas agudas, para tratar seus sintomas, que tem um benefício muito rápido.
Vasodilatadores Cerebrais
E tem também os vasodilatadores cerebrais, como, por exemplo, a ginkgo biloba, que aumenta a produção de óxido nítrico e abre a microcirculação dos vasos, especialmente no cérebro, e quando se tem tonturas relacionadas ao déficit de circulação de sangue no cérebro, especialmente, sendo uma tontura comum em idosos. A ginkgo biloba pode melhorar a circulação no cérebro e acabar melhorando também algum tipo de tontura relacionada à má circulação cerebral.
Mas tem que tomar cuidado porque ela não abre os vasos só do cérebro, ela abre do corpo inteiro. Se a pressão arterial do idoso já não é tão alta, tem risco de ter até mesmo uma queda de pressão com a dose da ginkgo biloba, especialmente se for muito alta. Se já colocar uma dose de ginkgo biloba muito alta de uma vez só, ela abre muito os vasos e assim acaba caindo a pressão arterial e tendo outro tipo de problema de tontura.
E os medicamentos para tonturas que estamos abordando neste conteúdo são fundamentalmente para tratar sintomas agudos de tontura; nenhum tipo de tontura pode ser tratado a longo prazo com esses medicamentos. Tanto que se a pessoa está tendo alguma tontura que está perdurando, é mandatório que vá fazer a investigação de causas dela e pode ser tanto com neurologista, otorrino, psiquiatra quanto diversos outros.
O neurologista, normalmente, vai tratar a tontura de diversas maneiras, não só do Sistema Nervoso, até mesmo porque o próprio ouvido é um aparelho do Sistema Nervoso, porque o que ele manda são sinais elétricos que vão para o cérebro, tanto do labirinto quanto da audição. E toda tontura é neurológica, ela passa pelo Sistema Nervoso, não existe tontura que não seja neurológica.
E precisa-se ter a investigação de causa correta para tratar essas tonturas, especialmente das que estão durando ou se têm sinais de gravidade, como de outro conteúdo que mencionamos sobre as torturas que têm causas sérias.
Você que está lendo, escreva sobre o tratamento de tonturas e o que já viu, usou, quais são suas dúvidas, o que está utilizando, por exemplo, porque a tontura é comum e não pode ser negligenciada. E nós temos diversos medicamentos que são para tratar sintomas agudos, mas não para tratamento a longo prazo.
Assista ao vídeo e saiba mais:
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