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Distonia

A toxina botulínica terapêutica é utilizada em várias patologias neurológicas, por ser uma neurotoxina, ela busca pelo neurônio e inativa a liberação das moléculas de sinapse ou seja inibe as moléculas de comunicação do neurônio com outras estruturas. A toxina botulínica é utilizada nas seguintes patologias neurológicas: na distonia, na enxaqueca crônica, na espasticidade pós AVC, na dor neuropática, no espasmo hemifacial e a sialorréia, que é excesso de saliva.

No caso da distonia é possível selecionar os músculos acometidos pelas diversas distonias, exemplo: a distonia cervical distonia oromandibular, a distonia do pé, muito comum nos pacientes parkinsonianos, selecionando os músculos corretos e a dose correta para cada músculo, aplica-se as toxinas e com 15 dias após aplicação ou no máximo em 30 dias, nota-se o início do efeito e alívio dos sintomas.. O efeito apresenta duração de de 3 a 6 meses. 1, 2

Toxina Botulínica Terapêutica

Enxaqueca

Para o tratamento da enxaqueca crônica, a toxina botulínica terapêutica também é utilizada conforme o seguinte critério: a pessoa deve apresentar 15 dias de dor no mês, incluindo dores leves, moderadas e intensas e que compreenda pelo menos oito dias de dores de moderada à alta intensidade, que causam alguma incapacidade e com recorrência de 3 meses nos 12 últimos meses (não precisa de ser consecutivos). Com a adoção desse critério, são utilizadas 200 unidades de toxina botulínica do tipo A dentro do protocolo PREEMPT. O efeito começa em 15 dias ou no máximo em 30 dias e dura cerca de 3 a 6 meses. 3, 4

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Espasticidade pós AVC

A toxina botulínica terapêutica também é utilizada na espasticidade pós AVC, na espasticidade de outras lesões de sistema nervoso central, como Esclerose Multipla ou traumatismo raquimedular. Em todas essas patologias os músculos ficam contraídos de maneira excessiva de maneira tal que dificulta a pessoa de realizar movimentos para andar, para calçar um calçado, vestir suas roupas, realizar higiene ou até mesmo no posicionamento de membros. A toxina botulínica não enfraquece o membro que recebeu a aplicação, nem piora a fisioterapia, na verdade ela é aliada da fisioterapia, facilitando a reabilitação neurológica do fisioterapeuta.

A ação da toxina tem a caraterística de retirar o excesso de atividade muscular que está gerando uma postura anormal e uma posição anormal dos membros, que, normalmente, dificulta a reabilitação da marcha, ou do posicionamento ou da colocação de órtese ou da higiene e a vestimenta.

A toxina é calculada para os músculos que mais estão ativos e estes são avaliados pela escala de Ashworth e selecionados conforme o objetivo da aplicação. Caso seja melhora de posicionamento da perna, para melhorar a marcha, seleciona-se um grupo de músculos específicos. ara melhorar a capacidade de mobilidade do braço para fins de vestimenta, higiene e organização busca-se outro grupo de músculos e assim por diante. É uma técnica avançada de reabilitação e para funcionar plenamente tem que estar extremamente aliada a atividade de fisioterapia e deve ser empregada com a realização de fisioterapia simultaneamente . 5

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Dor Neuropática

Outra aplicação da toxina botulínica terapêutica é no tratamento da dor neuropática. O uso da toxina foi estudado amplamente na neuropatia diabética, na qual os pacientes que possuem alodínia, que é a dor do contato que não eram para serem dolorosos, têm especial benefício com a toxina botulínica. A aplicação ocorre superficialmente e de maneira homogênea na região da pele acometida pela dor neuropática. A eficácia acontece por que é inibido o neurônio que transmite o sinal de dor da perna para o cérebro, a toxina bloqueia a sinalização de dor do neurônio lá no cérebro e o efeito começa em 15 dias e no máximo em 30, a dura de 3 a 6 meses, e o benefício é maior com aplicações sucessivas. 6, 7

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Hemiespasmo Facial

Toxina Botulínica TerapêuticaToxina Botulínica TerapêuticaToxina Botulínica TerapêuticaToxina Botulínica TerapêuticaToxina Botulínica Terapêutica  De forma adicional, a toxina botulínica terapêutica é utilizada nos espasmos da face como forma de diminuir os espasmos musculares da região, exibidas de maneira hemifacial ou de toda a face. A síndrome de Meigi, também recebe indicação, inclusive quando a pessoa manifesta tiques incontroláveis como na síndrome de Tourret. A aplicação é realizada em pontos específicos da musculatura e da mímica facial que estão acometidos pelos espasmos. O cálculo é feito conforme a gravidade e a localização dos abalos musculares o efeito começa cerca de 15 dias e no máximo em 30 dias, com duração de 3 a 6 meses. Esse tipo de aplicação normalmente requer a manipulação de médicos com maior expertise nesse tipo de técnica. 8, 9, 10

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Bruxismo

Toxina Botulínica TerapêuticaToxina Botulínica TerapêuticaToxina Botulínica TerapêuticaToxina Botulínica TerapêuticaToxina Botulínica Terapêutica  A toxina botulínica também pode ser utilizada para o tratamento do bruxismo e do trismo, tanto no caso do bruxismo diurno ou do noturno. Com ranger ou sem ranger de dentes. Bruxismo é comumente relacionado a atividade muscular que leva ao processo de apertar os dentes e o ranger dos dentes. Tipicamente o bruxismo é referido como uma atividade noturna mas não é só durante a noite que ele ocorre. Na verdade o bruxismo diurno é mais prevalente do que o noturno. O bruxismo é reconhecido pelo registro da atividade muscular involuntária, seja durante uma polissonografia ou de uma eletromiografia de superfície, com o paciente acordado. Clinicamente podemos diagnosticar o bruxismo através do aumento do volume da massa muscular nos músculos da mastigação, como os músculos masseter e temporal, pelo desgaste dos dentes, pelo denteamento da língua e por sinais de mordedura da face interna da bochecha. A toxina botulínica traz um tratamento realmente eficaz para a atividade muscular indesejada pois ela enfraquece essa musculatura que está excessivamente ativada. As placas dentárias não impedem a atividade muscular indesejada elas basicamente diminuem o atrito de um dente com outro, o que é útil na proteção do dente, mas não necessariamente resolve o problema de todo o bruxismo. 11

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Sialorréia (excesso de saliva)

Toxina Botulínica TerapêuticaToxina Botulínica TerapêuticaToxina Botulínica TerapêuticaToxina Botulínica TerapêuticaToxina Botulínica Terapêutica  Não menos importante, a toxina botulínica terapêutica também é empregada para sialorréia ou excesso de saliva, ela é utilizada quando o paciente tem alguma disautonomia ou alguma disfagia que leva a um acumulo de saliva na boca ou uma produção aumentada de saliva. Os neurônios que ativam a produção de saliva nas glândulas salivares, parótida submandibular e sublingual podem ser bloqueados com aplicação de toxina botulínica. O pico de efeito ocorre em 30 dias e dura de 3 a 6 meses. 12

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Hiperatividade do detrusor (bexiga neurogênica)

Toxina Botulínica TerapêuticaToxina Botulínica TerapêuticaToxina Botulínica TerapêuticaToxina Botulínica TerapêuticaToxina Botulínica Terapêutica  A toxina botulínica terapêutica também ganha indicação no controle da hiperatividade do músculo detrusor da bexiga ou bexiga neurogênica. Quando alguém tem lesão medular, AVC, Esclerose múltipla ou outras patologias que levem a uma incontinência urinária e que no estudo urodinâmico é detectada hiperatividade do detrusor da bexiga é possível aplicar toxina botulínica por via endoscópica na parede da bexiga. Dessa maneira é possível lograr um melhor controle da continência urinária. 13

Realizado por Willian Rezende, Fabiola Kanda, Bruna Duarte, Marcello Santos Pinheiro

Referências:
  1. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/pmid/29230798/
  2.  https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/pmid/29286305/
  3. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/pmid/29939406/
  4. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/pmid/28382110/
  5. http://www.thieme-connect.com/DOI/DOI?10.1055/s-0036-1571847
  6. http://www.thieme-connect.com/DOI/DOI?10.1055/s-0036-1571847
  7. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/pmid/28837075/
  8. https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0022-510X(15)00373-1
  9. http://www.thieme-connect.com/DOI/DOI?10.1055/s-0035-1571217
  10. http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/08869634.2015.1097296
  11. http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/08869634.2015.1097296
  12. https://www.thieme-connect.com/products/ejournals/abstract/10.1055/s-0035-1571214
  13. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1016/j.pmrj.2018.07.016