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Doppler Transcraniano, Ultrassom e Doppler na neurologia

O uso da ultrassonografia conjuntamente com o estudo do efeito Doppler é utilizado amplamente na medicina e nos últimos anos, ambas as técnicas têm sido aprimoradas para o uso na neurologia.1

Na Clínica Regenerati é possível utilizar a técnica de Ultrassonografia e de Doppler para vários fins:

Ultrassonografia e de Doppler

Doppler Transcraniano para estudo de reserva vascular: Todo órgão tem uma reserva e o cérebro tem uma reserva vascular, quanto menor essa reserva maior o risco de alguém desenvolver um AVC ou até mesmo alguma demência vascular. Com essa técnica é estudada o índice de resistência vascular, a capacidade de reatividade dos vasos com o teste da apneia. Além do estudo de velocidade de fluxo e sentido de fluxo nas principais artérias cranianas bilateralmente como a atividade de base. 2

Doppler Transcraniano Teste de Reserva Vascular

Doppler Transcraniano para estudo de Disautonomia: o fluxo sanguíneo cerebral não é o mesmo o tempo inteiro e, atualmente, sabemos que existe a síndrome de hipofluxo cerebral ortostático e várias outras condições que implicam nas modificações da passagem de sangue pelo cérebro. No protocolo de disautonomia da circulação cerebral são anotados as variações espontâneas no fluxo sanguíneo cerebral com o paciente em decúbito (deitado). E também é observado o fluxo de sangue na artéria basilar, associado a avaliação da pressão arterial com o paciente em decúbito dorsal, depois com o paciente sentado, depois com o paciente em ortostatismo (de pé) e depois com o paciente em ortostatismo durante 5 minutos seguidos. 3

Doppler Transcraniano Disautonomia

Doppler Transcraniano para pesquisa de microbolhas: uma das possíveis causas de AVC criptogênico (causa indeterminada) é a passagem de sangue pelo forame oval patente do coração, o sangue sai do lado direito da circulação e vai para o lado esquerdo, transforma-se em microembolos e estes viajam para o cérebro causando o AVC. Com essa técnica o médico injeta uma solução salina agitada (que possui microbolhas de ar), na corrente sanguínea venosa do paciente (lado direito da circulação cardíaca), se as microbolhas passarem para o lado esquerdo da circulação cardíaca e chegarem até o cérebro e com o doppler transcraniano é possível detectar a passagem dessas microbolhas e isso é um sinal claro e evidente de que o forame oval patente pode causar sim o AVC nesse paciente. O Doppler Transcraniano para diagnóstico de causas de AVC é extremamente importante e mediante  a apresentação do diagnóstico correto é possível tratar a causa. 4

Doppler Transcraniano Microbrolhas Clínica RegeneratiDoppler Transcraniano

Monitorização Cerebral em Cirurgias: Com o doppler transcraniano contínuo é possível monitorar o cérebro durante grandes cirurgias vasculares como cirurgias cardíacas e cirurgias de grandes vasos e até mesmo cirurgias onde pode-se perder muito sangue ocasionando o  comprometimento cerebral pelo baixo fluxo sanguíneo no cérebro, como no caso da cirurgia de transplante de fígado e outras cirurgias. Com o doppler cerebral é possível monitorar com exatidão e evitar sequelas neurológicas pelo baixo fluxo cerebral ou liberação de êmbolos para o cérebro. 5

Doppler Transcraniano PosiçõesDoppler Transcraniano Esquemático

Doppler de Artérias Carótidas e Vertebrais: a técnica de doppler das artérias carótidas e vertebrais permite detectar picos de fluxos de sangue arterial que correspondem a estenose (entupimento dos vasos).. Estenoses graves aumentam o risco de AVC e justo por isso justifica o estudo desses vasos para realizar medidas preventivas em relação ao AVC. 6

Doppler Transcraniano Bera leito

Ultrassom dos Nervos Ópticos permite avaliar a espessura do nervo, a área de secção de diâmetro do nervo mais a bainha. E com isso, obter um método de avaliação rápido, eficaz, seguro e acurado de detecção de hipertensão intracraniana. O ultrassom de nervos ópticos não pode ser utilizado  para hidrocefalia de pressão normal, justo por não ser comunicante e assim não ter aumento de liquor na bainha do nervo óptico, mas para todas as demais causas de aumento da pressão intracraniana é um método válido. Além da hipertensão intracraniana é possível avaliar uma gama de patologias próprias do nervo óptico e da circulação sanguínea do olho. 15

Ultrassom Doppler Transcraniano de parênquima cerebral em doenças psiquiátricas: Ultrassom doppler transcraniano fornece informações preciosas, que ajudam no diagnóstico de certas doenças psiquiátricas, como TDAH, TOC, insônia orgânica, depressão orgânica.7, 8, 9, 10, 11,

Ultrassom Doppler Transcraniano de Parênquima Cerebral em Doenças Parkinsonianas

Ultrassom Doppler Transcraniano de Parênquima Cerebral em Doenças Parkinsonianas: a ecografia cerebral, com estudo dos gânglios da base, fornece um conjunto de informações que pode auxiliar no diagnóstico da doença de Parkinson e no diagnóstico diferencial das síndromes parkinsonianas. O ultrassom cerebral proporciona  informações enquanto a ressonância magnética não consegue fornecer. 12

Doppler Transcraniano de Parenquima Cerebral

Ultrassom de nervos periféricos: técnica que ajuda na visualização dos nervos, sua estrutura anatômica e fascículos, além da  perfusão dos mesmos. Ajuda no diagnóstico diferencial de neuropatias periféricas, por exemplo,  se é inflamatória ou não. Também ajuda a perceber se um nervo está em sofrimento, mesmo que não seja tão claro o comprometimento pelo exame de eletroneuromiografia. O ultrassom de nervos também fornece informações que a ressonância magnética não consegue demonstrar . 13

Ultrassom de músculos, tendões e articulações: além de informações de estrutura do músculo e dos tendões,  é possível realizar o diagnóstico das bandas de contração dos pontos gatilhos e da síndrome da dor miofascial. O ultrassom de músculos, tendões e articulações é fundamental para diagnóstico de polientesites, tendinites, inflamações articulares. Também é utilizado para localizar exatamente o músculo desejado para aplicação de toxina botulínica ou a localização exata de articulações para infiltração de corticoides e suplementação de ácido hialurônico. 14

Realizado por Daniel Silva de Azevedo, Felipe Gustavo Vilar Silva, Julianne Tannous Cordenonssi, André de Paula Silva

Referências:

  1. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4958690/
  2. http://www.eurekaselect.com/85217/article
  3. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4754393/
  4. https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1078-5884(16)30123-X
  5. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.7863/ultra.16.02077
  6. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/pmid/24936490/
  7. https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00221-018-5432-y
  8. http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/15622975.2017.1386325
  9. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/pmid/20040247/ 
  10. https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0022-3956(13)00232-X
  11. https://doi.org/10.1111/jon.12328
  12. https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0074-7742(18)30137-5
  13. https://doi.org/10.1111/jon.12261 
  14. http://rapm.bmj.com/cgi/pmidlookup?view=long&pmid=28277418 
  15. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.7863/ultra.34.7.1285