A Eletroestimulação periférica pode ser utilizada no tratamento de:
As técnicas de eletroestimulação são utilizadas há muitos anos na medicina e cada vez mais possibilita um melhor entendimento de como a eletricidade terapêutica atua nas patologias neurológicas, sob diferentes formas de tratamento.
Eletroterapia é toda e qualquer técnica na qual se utiliza a corrente elétrica para estabelecer algum fim terapêutico e pode ser aplicada superficialmente ou através de agulhas. Pode ser aplicada com um único eletrodo, com difusão da corrente elétrica sem direcionamento ou pode ser com dois pólos, um negativo e outro positivo, por onde ocorre a passagem da corrente elétrica naquele espaço entre as extremidades.
A Eletroterapia é utilizada no tratamento da neuropatia periférica como no caso da polineuropatia diabética. Neste caso pode-se aplicar a corrente superficial através do TENS de baixa frequência na região acometida pela patologia.
Realizada por: Carolina Favarin Soares, Patricia Schattner de Farias, Débora Duarte Macea
Também é possível utilizar eletroestimulação na reabilitação de lesão de nervos periféricos. Por exemplo, no caso de uma pessoa ter uma lesão de nervo radicular e que esteja perdendo a força dos músculos inervados por aquele nervo, você pode estimular a atividade muscular através do FES. A estimulação elétrica provocará a contração muscular forçada e assim irá estimular a atividade neuronal naquele músculo a partir da periferia. Na paralisia de Bell, é possível estimular a atividade muscular dos músculos da pessoa que perdeu parcialmente a inervação facial por conta da doença, com o estímulo elétrico sobre os músculos paralisados, com o objetivo de melhorar aumenta a força e a capacidade de contração muscular.Realizada por: Carolina Favarin Soares, Patricia Schattner de Farias, Débora Duarte Macea, Andrea de Campos Signoretti
Quando uma pessoa tem uma lesão central, como um AVC, muitos músculos podem apresentar fraqueza e espasticidade A partir da avaliação do fisioterapeuta, será desenvolvido um protocolo de estimulação periférica muscular para aumentar a força e normalizar o tônus muscular. Um exemplo da ação do FES em pacientes com AVE é inibir a hipertonia do músculo antagonista para devolver a função ao músculo alvo, afetado pela lesão central. Realizada por: Carolina Favarin Soares, Patricia Schattner de Farias, Débora Duarte Macea
A estimulação elétrica periférica também é utilizada na Fonoaudiologia para estimular os músculos envolvidos na deglutição, com o objetivo de aumentar a força muscular, a amplitude dos movimentos, na redução da fraqueza muscular ou melhora da sensibilidade, através do uso de eletrodos ou de canetas intra orais que podem estimular os músculos da língua e da laringe, por exemplo, na pessoa com Disfagia. A eletroterapia periférica é um recurso que soma-se à terapia para disfagia , auxiliando muito no processo terapêutico com ganhos expressivos na capacidade de deglutição.
Realizada por: Andrea de Campos Signoretti
Da mesma forma, a estimulação elétrica pode ser utilizada para fortalecer os músculos da faringe e da base da língua, que são os principais músculos , na garganta, responsáveis pela apneia do sono. Na apneia, as pausas na respiração, podem ser provocadas por flacidez muscular, por exemplo, as estruturas entram em colapso fechando a passagem do ar na garganta, e a com a estimulação elétrica realizada dentro da boca (intra oral) , é possível melhorar o ganho de força desses músculos, reduzindo a chance da pessoa ter apneia. A associação com a terapia miofuncional clássica, é capaz de reduzir o IAH ( índice de apneia), melhorar o ronco, muitas vezes associado a apneia, e a qualidade de vida de quem sofre com esse distúrbio do sono.
Realizada por: Andrea de Campos Signoretti
Ainda podemos utilizar a Estimulação elétrica periférica nos casos de voz, para pessoas que tem voz fraca ou rouca, ou que tiveram câncer na laringe, que são os casos de Disfonia. A eletroestimulação pode ajudar na redução ou ativação da força muscular, melhorando a qualidade da voz.
Realizada por: Andrea de Campos Signoretti
Nos casos de Dor para mastigar, ou abrir a boca e também para falar , as disfunções da articulação temporomandibular (DTM) a eletroterapia (TENS) tem um papel importante na redução da dor local e da tensão dos músculos da mastigação, melhorando as funções pelo seu poder analgésico, redução dos inchaços ( edemas), melhora da circulação sanguínea e do relaxamento muscular.
Realizada por: Andrea de Campos Signoretti
Artigo referência:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1806-00132016000500085&script=sci_arttext&tlng=pt